Temos todas as razões para aderir a esta greve decretada para 24 de outubro nos turnos da noite, manhã e tarde.
A Frente Comum apresentou ao Governo 73 propostas que melhoram as condições de vida dos trabalhadores e de trabalho na Administração Pública. O Governo, por sua vez, iniciou as negociações afirmando que quer manter tudo na mesma.
Ancorado ao Acordo, assinado pelas organizações da UGT, não avança nada de novo em relação a aumentos salariais para 2026, e, em relação a matérias como o SIADAP, não mexe uma vírgula no que se encontra em vigor.
O caminho que defendemos e que é necessário pôr em marcha é o da valorização do trabalho na Administração Pública e o reforço dos serviços públicos!
| Prioridades da PRC 2026 Frente Comum | Posição do Governo 2026 |
|---|---|
| Aumento salarial de 15%, com um mínimo de 150€, para todos os trabalhadores e uma base remuneratória de 1050€ | Manter os trabalhadores a perder poder de compra |
| Reposição do vínculo de nomeação a todos os trabalhadores, acabando com a precariedade e defendendo os Serviços Públicos. | Assume que há “problemas que não são orçamentais”. Não assume a devolução do Vínculo de Nomeação. |
| Valorização de todas as carreiras e profissões. | Não propõe qualquer valorização efetiva |
| Revogação do SIADAP e, até lá, a eliminação das quotas e a progressão com 4 pontos. | Quer manter o SIADAP como instrumento de estagnação na carreira e divisão dos trabalhadores. |
| Defesa das funções sociais do estado. | Nada propõe para reverter o caminho de externalização das funções Sociais do Estado. |
Este Governo, com o apoio da extrema-direita no Parlamento, coloca em prática um programa de destruição dos serviços públicos, no qual o ataque aos seus trabalhadores é elemento essencial.
Deixam claro ao que vêm: favorecer os muito ricos, nomeadamente os grupos privados da saúde — razão pela qual apresentaram a proposta, vergonhosa, de Acordo Coletivo de Trabalho para os enfermeiros.
A “Reforma do Estado” tem por objetivo a instrumentalização dos serviços públicos, transformando ministérios em centrais de compras.
O ataque aos trabalhadores é elemento essencial na política deste Governo!
As propostas do Governo materializadas no pacote laboral pretendem eternizar a precariedade, legalizar o despedimento ilícito, agravar os horários, atacar os salários, os direitos de parentalidade, a liberdade sindical e o direito à greve.
Este pacote laboral é a destruição de todos os direitos de quem trabalha.
Só a unidade dos trabalhadores permitirá inverter estas medidas!
Como a história tem demonstrado, a luta de quem trabalha é o elemento que permite alterar o rumo das políticas que nos prejudicam!
Foi a luta que permitiu reconquistar as 35 horas e obter avanços significativos em algumas carreiras e profissões.
A Frente Comum não abdica do direito a negociar. No entanto, respeitamos a vontade e os anseios dos
trabalhadores que representamos e, por isso mesmo, não assinamos acordos que apenas servem para nos deixar pior, e continuaremos a combater todas as tentativas de imposição de retrocessos.
O momento é de luta!
Dia 24 de outubro, vamos mostrar ao Governo a força que temos e defender as propostas que apresentamos, aderindo em massa à Greve Nacional dos Trabalhadores da Administração Pública!