Centenas de enfermeiros precários que estão há vários anos ao serviço dos hospitais públicos, contestam a vinculação de colegas ao abrigo dos chamados contratos COVID. Falamos na existência de um sentimento de injustiça e exigimos mais contratações.
“O sentimento do colega que está a contrato de substituição é que ‘eu estou cá há mais tempo na instituição e outro colega que é admitido depois de mim, tem possibilidade de passar a Contrato por Tempo Indeterminado e eu não’. É este o sentimento, mais que legitimo, de injustiça”, refere Fátima Monteiro, Dirigente do SEP Porto.
Os protestos dos enfermeiros em luta por melhores condições laborais têm sido uma constante nos últimos anos. O combate à pandemia veio exigir mais de nós sendo premente reforçar a contratação de mais enfermeiros na linha da frente.
Como é que esta questão foi tratada pelos nossos governantes? Agravando a precariedade na enfermagem.
Além desta questão, nestes serviços continuamos a assistir ao recurso às 12 horas de trabalho, horas extraordinárias, não gozo de férias e feriados. Existem até instituições que suspenderam o direito ao acompanhamento de filhos menores.
Aceitamos soluções para os problemas dos enfermeiros: efetivação de todos os profissionais que são tão importantes na resposta aos cuidados de saúde do cidadão.