No âmbito da luta da CGTP a 9 de fevereiro no Dia Nacional de Indignação, a reivindicação central foi a admissão de todos os enfermeiros com vínculo laboral precário na Unidade Local de Saúde da Guarda.
Defendemos sempre “para funções permanentes, contratos permanentes”.
Não podemos esquecer que a pandemia veio evidenciar e intensificar os vários problemas que já existiam no SNS tendo-se acentuado, de forma preocupante, atrasos na prestação de cuidados essenciais.
A carência generalizada de enfermeiros desde há anos, tornada pública por nós, nunca foi colmatada e o recurso a horas extraordinárias que já era uma realidade nos serviços, mesmo antes da pandemia, é cada vez maior.
Agora agrava-se com o acumular de descansos compensatórios não gozados, com implicações nos ritmos de trabalho e sobrecarga, e mais ainda com o envelhecimento, urgem medidas de compensação do risco e penosidade da profissão, nomeadamente através da aposentação mais cedo.
Não basta o governo reconhecer o esforço e dedicação dos enfermeiros, pois continua sem resolver problemas que se têm vindo a agravar, nomeadamente a pandemia da precariedade laboral.
Injustiçados e exaustos, reivindicamos:
A urgente contratação de enfermeiros com vínculo efetivo de todos que foram contratados no âmbito das medidas de combate à pandemia. Ou seja, os que exercem funções permanentes desde 1 de agosto de 2020 e todos os colegas em contrato de substituição, em alguns casos há mais de três anos.
Unidos contra a pandemia da precariedade laboral que precariza outros direitos laborais, nomeadamente o acesso à avaliação do desempenho, à formação continua em contexto de serviço e outros direitos laborais.
Os enfermeiros sempre responderam às exigências dos utentes e sempre estiveram na “linha da frente”!
O fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde implica a valorização dos enfermeiros.