"Os sinais continuam a ser de um amplo descontentamento dos enfermeiros por falta de resposta por parte do Ministério."
Apesar de algumas manobras do Ministério da Saúde e de algumas instituições com o objetivo de tentar boicotar a greve e impor o número de enfermeiros para os serviços mínimos superior ao legalmente estabelecido no pré-aviso, não conseguiram travar os enfermeiros.
Os números não mentem e os dados atuais, relativos à adesão à greve em algumas instituições, estão acima dos 75%. Os sinais continuam a ser de um amplo descontentamento dos enfermeiros por falta de respostas por parte do Ministério.
É por isto que “no plano imediato, exigimos a abertura de um processo negocial para repor a paridade da carreira de enfermagem com a carreira técnica superior da administração pública”. Mais, amanhã, iremos reafirmar esse pedido de negociação em frente ao Ministério da Saúde numa concentração às 14 horas.
Não é compreensível que o Ministério da Saúde discrimine os enfermeiros em relação ao salário base. Durante décadas, o salário base foi o mesmo que os licenciados da função pública e agora não nos equiparam.
Em relação aos serviços mais afetados, naturalmente os enfermeiros cumprem, como sempre e responsavelmente, os serviços mínimos, pelo que não estão a ser registadas situações graves. Contudo, algumas cirurgias programadas nos blocos operatórios e algumas consultas, não irão realizar-se devido à paralisação.
Reforçamos que o pré-aviso de greve é emitido onze dias de antecedência, de modo a salvaguardar a gestão dos serviços. Assim, as instituições tiveram a oportunidade de reprogramar e evitar constrangimentos aos cidadãos.