
Dignificar as carreiras e os salários, a contratação e a valorização dos serviços públicos e das funções sociais do Estado estarão em análise.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública que reúne 32 sindicatos, entre eles o SEP, promove este plenário em frente ao Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública, em Lisboa.
Na reunião de 8 de Junho com a Ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública e o Secretário de Estado ficou claro que não existe por parte do Governo a intenção de aumentar os salários dos trabalhadores que permita a recuperação do poder de compra perdido ao longo de uma década.
Pelo contrário, o que nos foi proposto foi avançar para a regulamentação do teletrabalho e alteração do sistema de avaliação dos trabalhadores.
A Frente Comum sobre o teletrabalho apontou vários pontos negativos desde logo o isolamento dos trabalhadores, a utilização dos seus próprios meios, a dificuldade de cumprimento de horários impondo aos trabalhadores uma quase total disponibilidade para o trabalho e a potencial falta de privacidade dos trabalhadores face a algumas ferramentas digitais utilizadas por algumas empresas.
Quanto ao sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) a posição da Frente Comum é conhecida. O atual modelo com base em quotas tem como único objetivo impedir o desenvolvimento dos trabalhadores nas suas respetivas carreiras.
Ainda, não deixámos de expor as múltiplas violações dos direitos dos trabalhadores nos últimos meses como por exemplo:
- a imposição de modalidades de horários ilegais (12 horas),
- imposição de férias,
- perda de rendimentos,
- mobilidade imposta a trabalhadores de alguns setores,
- inexistência de serviços de saúde ocupacional
- a ineficácia dos serviços de medicina do trabalho, a perda de rendimentos na situação de assistência à família.