10 Abril, 2024
Demência: enfermeiros são sinónimo de segurança e confiança
Com a incidência das demências a aumentar, os enfermeiros são parte da solução. É por isso que defendemos o reforço do número de enfermeiros, em particular nos Cuidados de Saúde Primários.

A Associação Alzheimer Portugal lançou hoje uma campanha com o objetivo de alertar a população em geral para a problemática das demências e, em concreto, para a situação em que vivem as pessoas com doença de Alzheimer.

Estas doenças são conhecidas pelo grau incapacitante que impõem, designadamente, pela gradual impossibilidade de as pessoas que delas sofrem desenvolverem as suas atividades da vida diária.

Os enfermeiros assumem, desde sempre, como intervenção sua, a substituição do doente na concretização das atividades da vida diária que, pela situação de doença, não conseguem realizar, preparando-os desde logo para a reabilitação. No caso dos doentes com demência, pela progressividade da doença, importa retardar o mais possível o agravamento da sintomatologia, e estabelecer com a família e com os cuidadores uma relação de confiança que permita manter estes doentes seguros e, tanto quanto possível, no seu domicílio.

Em concordância com a legislação em vigor desde 2019, que confere que os indivíduos com demência e com doença de Alzheimer devem ser uma prioridade social e de Saúde Pública, sublinhamos que:

• são os enfermeiros que desenvolvem cuidados de manutenção e promovem a continuação dos cuidados

• são os enfermeiros que prestam cuidados de proximidade aos doentes e famílias e que, no domínio das especialidades em enfermagem, desenvolvem intervenções específicas no domínio da estimulação cognitiva, importantíssimas para o retardar da doença

• estas pessoas devem preferencialmente ser cuidadas em casa.

Neste contexto, reforçamos a exigência de aumentar o número de enfermeiros, nomeadamente, nos Cuidados de Saúde Primários.

Nota enviada aos media a 10 de abril 2024