
Representantes do Governo e da União Geral de Trabalhadores (UGT) subvertem vontade dos beneficiários.
Defraudando as expectativas da maioria dos beneficiários os representantes do Governo decidiram, na reunião de 3 de setembro, eleger João Proença, o único candidato eleito pela lista apoiada pela UGT, como presidente do Conselho de Supervisão da Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado (ADSE).
O descarado favorecimento do representante apoiado pela UGT por parte do Governo subverte os resultados das eleições de 19 de setembro, nas quais uma expressiva maioria de beneficiários depositou a sua confiança nos candidatos da lista G, apoiada pelos sindicatos da Frente Comum da Administração Pública.
Com efeito, a lista G, encabeçada por Francisco Braz, obteve quase o triplo dos votos da Lista E (8.315 contra 3.136), pela qual João Proença foi eleito.
Sublinhe-se que a lista G elegeu três dos quatro representantes dos beneficiários possíveis de eleger para o Conselho Geral e de Supervisão da ADSE.
No estrito respeito da vontade democraticamente expressa pelos beneficiários seria de esperar que a presidência deste órgão de acompanhamento e controlo da ADSE fosse ocupada por um dos membros eleitos pela Lista G.
Assim não o quiseram os representantes do Governo que impuseram o candidato minoritário.
Esta decisão não foi uma casualidade!
Espelha uma descarada aliança de interesses entre o Governo e a UGT que visa destruir o caráter público do sistema para satisfazer os apetites dos grupos económicos da área dos seguros e da saúde.
Os membros eleitos pela lista G permanecerão atentos pautando a sua intervenção pela defesa intransigente dos interesses dos beneficiários, e não hesitarão em rejeitar e denunciar tentativas de redução dos benefícios atuais bem como quaisquer planos de privatização camuflada da ADSE.