2 Janeiro, 2017
Serviços do Centro Hospitalar do Porto em rutura
A Direção Regional do Porto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses denuncia a situação que se vive na maioria dos serviços do Centro Hospitalar do Porto face à grave carência de Enfermeiros, situação que é comum a outros hospitais do Porto e do país.

 

O problema de falta de Enfermeiros é um problema antigo, para o qual o SEP tem alertado, sem que por parte dos sucessivos governos tenha havido políticas de admissão efetivas para o ultrapassar.

A situação agrava-se todos os anos, no período compreendido entre outubro e março, ao ponto de se tornar insuportável, sobretudo neste período.

Temos Enfermeiros a efetuar 12 e 18 horas consecutivas; a ter de continuar o turno para dar continuidade aos cuidados de enfermagem, por falta de substitutos; e a não poderem fazer os descansos semanais obrigatórios, por lei.

O reflexo desta carência é visível nas horas que as instituições e Ministério da Saúde devem aos Enfermeiros, as quais, no CH Porto, são na ordem das 28 500 horas. O equivalente a uma dívida aos Enfermeiros de 3 800 dias.

Contactado, o Conselho de Administração do CH Porto referiu que por parte da tutela não tem havido autorização para admissão de Enfermeiros em número suficiente para pôr cobro à situação de défice existente na instituição.

A Direção Regional do Porto do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses vem publicamente responsabilizar o Ministério da Saúde, a ARS Norte e o Conselho de Administração do C.H.do Porto EPE, pela situação de sobrecarga há demasiado tempo vivida pelos Enfermeiros no CH do Porto e pelas consequências que advenham desta situação, quer para os utentes, quer para os profissionais.

Apela ainda ao Ministério da Saúde para que, na admissão de profissionais de saúde demonstre, relativamente aos Enfermeiros, o mesmo critério e abertura que tem demonstrado em relação aos Médicos.

Informação enviada à Comunicação Social a 30 de dezembro de 2016