Só aderindo à greve de 27 de outubro, conseguimos dar visibilidade ao nosso descontentamento ao porem em causa os nossos direitos.
Mais uma vez, os hospitais de S. João, IPO e Gaia, condicionam o direito à greve aos enfermeiros
Ao longo de décadas fizemos greves e obtivemos resultados com os serviços mínimos negociados entre o SEP e os sucessivos governos, ou seja, desde 1994.
E os mínimos propostos pelo SEP continuam a ser os mesmos, ou seja, o número de enfermeiros escalados para o turno da noite à data da emissão do pré-aviso de greve.
A contestação aos mínimos do SEP pelas administrações do CHS João, IPO, Gaia, levou à inadmissível decisão do tribunal arbitral impor, no seu acórdão, que o número de enfermeiros escalados para o dia de greve nos turnos da N/M /T de dia 27 de outubro serão iguais ao número de enfermeiros escalados no domingo anterior ao pré-aviso de greve, ou seja, dia 8 de outubro.
Ao longo de décadas nunca foi colocada em causa a segurança e a vida e ou o agravamento do estado de saúde dos doentes/utentes, razão pela qual a DR Porto e os enfermeiros não conseguem perceber a razão que leva estes conselhos de Administração a solicitar sistematicamente alteração dos serviços mínimos.
É inaceitável que nenhuma cumpra as dotações seguras, mantenham trabalhadores e enfermeiros em situação precária e que tenhamos que recorrer à greve para resolver problemas que facilmente as administrações poderiam resolver, tendo em conta a autonomia que detém.
Seguramente, se o fizessem, as greves seriam evitadas.
Vamos cumprir a decisão do tribunal arbitral, mas temos a certeza que todos os enfermeiros têm motivos acrescidos para fazer greve, afirmando-a, e esta decisão dará mais razões para aderir.