4 Maio, 2021
Cerca de 40 enfermeiros manifestaram-se hoje junto ao Hospital de Penafiel para exigir do Governo contratos de trabalho efetivo. Estiveram na primeira linha da pandemia e agora vão ser dispensados.

 

São 104 enfermeiros em situação precária que vão ver os seus contratos não renovados. Entraram no Centro Hospitalar Tâmega e Sousa durante a pandemia para colmatar falhas e foram para a linha da frente.

Fátima Monteiro, Dirigente da nossa Direção Regional do Porto refere que “ as nossas exigências tem a ver com o facto destes colegas não poderem continuar com vínculos precários sendo eles necessários nos serviços. Até porque da informação que temos é que todos os lugares destes 104 enfermeiros estão previstos no plano de atividades e orçamento que a Tutela não autorizou. Este hospital precisa deles porque tem o projeto de abrir brevemente um novo serviço de Especialidades Médicas, alargar o Serviço de Urgência e aumentar a capacidade do número de camas na Unidade de Cuidados Intensivos. Ainda, o reflexo de que estes colegas são necessários é que em 2018 e anos anteriores, o recurso ao trabalho extraordinário era elevadíssimo – cerca de 70.000 horas.”

É incompreensível e inaceitável que o Governo teime em fomentar a precariedade no SNS. Neste hospital, são 104 e a nível da região do porto são 850 e cerca de 2800 em todo o país em situação precária.

Exigimos do Governo a solução rápida para este problema e de outros que se arrastam. Não podemos servir só para dar resposta à pandemia.