Governo promove abertura de concursos que analisamos como “farsa” porque pode “descartar” enfermeiros que têm estado na linha da frente. As 30 vagas atribuídas à ARS Algarve deixam de fora outros 30 enfermeiros. A gestão da poupança continua.
O Governo promoveu a abertura de concursos, a nível nacional, para efetivação do vínculo aos enfermeiros contratados por 4+4 meses – resposta à pandemia.
Contudo, ao permitir que a estes concursos possam concorrer todos os enfermeiros que o desejem (trabalhem ou não no SNS, com contrato a termo ou por tempo indeterminado) é muito provável que aqueles enfermeiros admitidos no âmbito da pandemia e após o esforço e a total disponibilidade para assegurar os serviços neste período sejam “descartados”.
É inaceitável que o Governo só tenha disponibilizado 30 vagas para colocar a concurso no Algarve quando são cerca de 60 os enfermeiros que foram admitidos no âmbito da pandemia e que são, e vão continuar a ser necessários.
Neste contexto exigimos:
- Que os critérios do concurso agora aberto valorize, de forma excecional, os enfermeiros que se permitiram trabalhar em situação precária nestes últimos meses para garantir que a ARS pudesse “fazer brilharetes” de abertura de instalações provisórias e outras atividades que caso contrário nunca poderiam acontecer;
- Que de imediato o governo liberte mais vagas para garantir a admissão destes 60 enfermeiros, mas também para permitir a admissão dos estudantes de enfermagem que concluem o curso em junho/julho.
Nota enviada aos media a 11 de fevereiro de 2021