A falta de resposta por parte da ULS aos enfermeiros do Hospital de Vila Franca de Xira, levam-nos a decretar greve para dia 28 de maio, nos turnos da manhã e tarde, com concentração às 11 horas junto à entrada principal.
Após 6 meses da adesão aos IRCT a administração da ULS Estuário do Tejo continua sem contabilizar os pontos para efeitos de progressão aos enfermeiros com CIT, apesar das orientações presentes nas FAQ relativas ao DL 80-B/2022, que garante os pontos para efeitos de progressão aos enfermeiros que exerceram em PPP. Desta forma, a administração não garante condições para fixar estes enfermeiros experientes no SNS e no Hospital de Vila Franca de Xira.
A falta de enfermeiros nesta Instituição é uma realidade. Em vários serviços, os enfermeiros têm dezenas de horas extraordinárias programadas, comprometendo a conciliação da vida profissional com a vida pessoal, levando a uma elevada desregulação da vida destes profissionais.
A recusa em transitar os enfermeiros especialistas para a respetiva categoria, remetendo-os para o concurso aberto por esta instituição é, mais uma vez, uma prova da não valorização destes enfermeiros, ao mesmo tempo que se ocupam vagas de concurso que deveriam servir para reforçar o quadro de pessoal do Hospital com novos colegas.
As 126 vagas abertas nos diferentes concursos não resolvem o problema da falta de enfermeiros pois a maioria destes profissionais já se encontram a trabalhar na instituição, mudando apenas a categoria que estão inseridos (enfermeiros especialistas e gestores), ou o vínculo contratual (enfermeiros generalistas).
Por isso, foi decidido em plenário de enfermeiros realizado pelo SEP, a realização de uma greve dia 28 de maio nos turnos da manhã e da tarde e concentração junto à entrada do hospital às 11h com entrega de postais preenchidos pelos enfermeiros deste Hospital.
Os enfermeiros exigem:
A contabilização de todos os pontos para efeitos de progressão, independentemente do mês de entrada, nomeadamente os anos com contrato com vínculo precário e tempo trabalhado noutras instituições;
A transição de todos os enfermeiros especialistas para a respetiva categoria;
A urgente contratação de mais enfermeiros para dar resposta às necessidades;
A regulação dos horários de trabalho, aplicando as 35 horas de trabalho por semana, a todos os enfermeiros, permitindo conciliar a vida profissional com a vida pessoal.