A Comissão de Trabalhadores do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) marcou uma vigília para 6 de março, a partir das 18h, junto à entrada principal do hospital, para protestar contra o anunciado encerramento de serviços clínicos.
Fomos informados de forma inesperada pela Direção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), que gere os Serviços de Assistência Médico-Social (SAMS), que tinha decidido encerrar todos os serviços do piso 4 do hospital do SAMS, a partir de 31 de março – ou seja, decidiu fechar a Maternidade, o Bloco de Partos e a Neonatologia (Berçário).
De salientar que nestes serviços foram investidos milhares de euros em obras para renovação e modernização, que terminaram há pouco mais de 3 anos e que têm estado a funcionar, desde então, com as melhores condições que existem no País, tal como ainda publicitado pelo SBSI, na página dos SAMS:
“A Maternidade do Hospital dos SAMS com 20 anos de atividade e mais de 17.500 bebés nascidos, foi recentemente renovada e equipada para continuar a garantir as melhores condições para o bebé e para mãe no parto. Num ambiente íntimo e familiar em que dispõe de toda a tecnologia atual a equipa médica permanente constituída por obstetras, anestesistas e neonatologia garante 24 horas por dia 365 dias por ano toda a segurança no nascimento, segurança essa reforçada pela Unidade de Cuidados Intensivos neonatais”.
Tal como se pode constatar e para além do paradoxo de encerrar esta maternidade que atualmente já ultrapassou os 20.000 partos, a Direção do SBSI decidiu ainda efetuar um protocolo com o Hospital CUF Descobertas, onde também incluiu os seus trabalhadores (enfermeiros e médicos altamente especializados e reconhecidos pelo seu elevado profissionalismo e competências), assumindo o pagamento dos seus salários.
Face às legítimas apreensões dos trabalhadores, decorrente do cenário descrito, a Comissão de Trabalhadores do SBSI convocou um plenário, que se realizou a 20 de fevereiro, onde foi decidido enviar uma exposição e pedido de reunião urgente à Direção do SBSI, do qual continuamos a aguardar resposta.
A marcação da vigília tem por objetivo fundamental sensibilizar a direção do SBSI para manter em laboração os serviços clínicos que pretende encerrar, historicamente importantes para os trabalhadores bancários e demais beneficiários dos SAMS, mas também como uma referência de qualidade e segurança dos cuidados de saúde para todos os utentes.
Para além dos trabalhadores, foram convidados a participar todas as suas associações sindicais e os bancários. Foram também enviados convites a todos os grupos parlamentares. Apelamos ainda à participação de todos os utentes e população em geral.
Juntos fazemos mais e melhor, e por isso foi criada uma Petição Pública que vos convidamos a divulgar e a subscrever!
Pela defesa dos SAMS. Contamos com todos.
Nota enviada à Comunicação Social em 05 de março de 2018