![Vacinação no privado – a estratégia falhada!](https://www.sep.org.pt/files/uploads/2024/01/sep_17012024-nota_imprensa_vacinacao.jpg)
O Ministério da Saúde concessionou a administração das vacinas às farmácias (privado) e os resultados são inequívocos: menos cobertura vacinal e utentes, mais doentes a recorrer aos serviços de urgência.
Os dados da cobertura vacinal durante o período em que esta atividade foi, quase em exclusivo, da responsabilidade das farmácias, demonstram a menor adesão dos cidadãos (2.ª coluna) em contraponto com os dados da 3.ª coluna, após pedido do Diretor Executivo do SNS para que as Unidades de Saúde Familiar e as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados convocassem os utentes para serem vacinados.
![sep - 17012024 - tabela_vacinação](https://www.sep.org.pt/files/uploads/2024/01/sep-17012024-tabela_vacinacao-1024x521.jpg)
A vacinação é por norma uma medida preventiva à qual os portugueses aderem. Contudo, era esperada uma maior resistência dos cidadãos, incluindo os maiores de idade, após os anos de pandemia, pelo cansaço emocional que significou a inoculação de várias doses da vacina da Covid-19.
Por outro lado, a comunidade científica já tinha alertado para a possibilidade de uma menor proteção imunológica dos portugueses, decorrente da utilização dos meios de proteção durante aquele período.
Neste contexto, tornava-se ainda mais importante que a vacinação fosse efetuada pelos enfermeiros de família, com quem os utentes já têm uma relação de confiança e, nessa base, garantir maiores níveis de adesão às vacinas.
Provavelmente, o número de doentes que recorreram aos serviços de urgência teria sido menor.