Apesar do processo conciliatório ter ficado suspenso em junho de 2019, foi entendimento da frente sindical (Federação da Função Pública, Federação dos Professores, Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e Sindicato das Tecnologias da Saúde) e da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), prosseguir a negociação direta para revisão das tabelas salariais de 2015.
Em 24 de julho, e já depois da assinatura do Acordo de Cooperação que o Governo estabeleceu com as Instituições de solidariedade social, a UMP apontava como exequível aumentos globais de 1,7%. [Ver aqui notícia]
Ao invés os sindicatos estabeleciam como mínimo o valor de 1,9%.
Não tendo chegado a acordo final, a UMP comprometeu-se na altura construir uma tabela salarial que pudesse vir de encontro à pretensões dos sindicatos.
Contudo, a 11 de setembro, e ainda em negociação direta, a UMP apresenta uma tabela salarial sem qualquer razoabilidade e com aumentos salariais que variavam entre os 0,3% e os 1.4%, tendo mesmo nalguns casos valores propostos inferiores ao da tabela atual.
Face a esta nova proposta os sindicatos entenderam solicitar a reativação do Processo Conciliatório no Ministério do Trabalho.
Em Reunião no Ministério do Trabalho e perante o Conciliador, a UMP admitiu o mau trabalho que nos tinha apresentado e que se devia à dificuldade económica que atravessa e ainda por não terem sido abrangidos pelo acordo de cooperação estabelecido pelo governo com as Instituições de solidariedade social.
A UMP irá apresentar até dia 15 de outubro os valores de remuneração dos trabalhadores que tem a seu cargo, assim como a concentração e distribuição dos mesmos na tabela salarial existente.
Os sindicatos irão apresentar uma nova proposta tendo em vista a próxima reunião de conciliação de 21 de novembro.