O SNS – hospitais e centros de saúde – e os enfermeiros são “selo” de segurança e universalidade. Em carta enviada à Ministra da Saúde mostrámos disponibilidade para analisar as nossas propostas e sugestões sobre o plano de vacinação - Covid-19
Administrar uma vacina nova para combater uma nova doença e em larga escala a uma população envelhecida e com co-morbilidades é demonstrativo do enorme desafio que temos pela frente.
Reconhecendo isso, o SEP, em carta enviada à Ministra da Saúde mostrou disponibilidade para analisar as propostas e sugestões que lhe enviou:
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1 – A gestão e administração das vacinas deve ser prosseguida pelo SNS e, designadamente pelas Unidades dos Cuidados de Saúde Primários;
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2 – Face às suas qualificações e competências, conhecimento e proximidade das populações, os enfermeiros são dos Profissionais de Saúde melhor preparados para administrar uma vacina que é nova, requer cuidados especiais de segurança no circuito de distribuição e exige muito esclarecimento, vigilância e monitorização dos vacinados;
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3 – O dispositivo deveria considerar, nomeadamente:
• Criação de uma plataforma digital de acesso a médicos e enfermeiros em todas as unidades do SNS;
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• Vacinação nos centros de saúde – em presença física nas instalações ou nas visitas domiciliárias desenvolvidas pelos enfermeiros das USF, UCSP e UCC. De forma excecional e temporária, recurso ao alargamento do horário de funcionamento dos centros de saúde, contratação de enfermeiros e/ou atribuição do Regime de Horário Acrescido;
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• Nas instituições da rede de Cuidados Continuados Integrados e Equipamentos Residenciais para Idosos, administração pelos enfermeiros dessas instituições e/ou em articulação com os enfermeiros dos Centros de Saúde;
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• A disponibilização da plataforma nos termos acima referidos permitiria que os cidadãos pudessem ser vacinados, incluindo, nos hospitais – doentes internados, doentes em acompanhamento nas consultas de especialidade e doentes em acompanhamento no âmbito da hospitalização domiciliária;
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• Criação de serviços de vacinação nos hospitais, para doentes e profissionais, em articulação com os Serviços de Saúde Ocupacional/Saúde e Segurança no Trabalho/Gestão do Risco, aos quais deviam ser alocados, existindo e havendo condições, os Enfermeiros Especialistas de Saúde Comunitária que ali exerçam funções;
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• Vacinação das Forças de Segurança, Proteção Civil e Profissionais de Saúde dos Estabelecimentos Prisionais nos Centros de Saúde e/ou nas próprias instalações, através das equipas dos Centros de Saúde e/ou, em articulação, com o Centro de Epidemiologia e Intervenção Preventiva do Hospital das Forças Armadas, que deveria vacinar os seus Profissionais de Saúde e doentes.
Nota enviada aos media a 3 de dezembro 2020