No dia 31 de março a Interjovem promove a Manifestação Nacional da Juventude Trabalhadora, sob o lema: Produzimos a riqueza; Queremos o que é nosso; Exigimos soluções.
A política de baixos salários não permite aos jovens trabalhadores terem um vida digna. Trabalhar com horários desregulados, contratos a prazo, sujeitos à exploração e ao assédio não permite fazer planos para o futuro.
São precisas soluções para os problemas da juventude trabalhadora – os jovens precisam de estabilidade na vida.
Somos o Futuro, mas queremos viver o presente com dignidade.
Queremos ser independentes, mas com os baixos salários, o aumento das rendas, da água, da luz, da comida, dos combustíveis, ou seja, com o aumento do custo de vida, como é possível?
Queremos estar com os amigos, fazer desporto, desfrutar da cultura, ter uma vida social e familiar, mas com os horários desregulados e os elevados ritmos de trabalho, como é possível?
Queremos ter estabilidade na vida, fazer planos para o futuro e viver no presente mas, com contratos de trabalho a prazo, falsos recibos verdes, como é possível?
Somos enfermeiros e temos de ser valorizados.
Estamos e estivemos sempre na linha da frente e não é justa a forma como somos desvalorizados, tanto pelo patronato como pelo Governo.
Não é justo que …
- Os jovens enfermeiros, vejam o seu trabalho desvalorizado, impossibilitando a concretização de projetos pessoais.
. - Nos ofereçam contratos de trabalho a prazo ou falsos recibos verdes quando existe uma enorme carência de enfermeiros, que leva a que tenhamos de trabalhar mais horas, elevar o ritmo de trabalho, aumentando o risco e a penosidade já inerente à nossa profissão.
. - Sejamos tratados como descartáveis quando somos imprescindíveis a quem prestamos cuidados.
. - Os salários e a carreira não valorizem o nosso trabalho e nem incentivem o desenvolvimento profissional.
. - Sejamos reféns do trabalho, dos atropelos constantes aos direitos, como os da parentalidade e do estatuto de trabalhador-estudante.
. - Nos dificultem a conciliação da vida profissional com a vida pessoal, a constituição de família, de ter casa própria, de ser feliz.
Exigimos respostas e soluções para os problemas que enfrentamos todos os dias.
Os jovens trabalhadores sairão à rua exigindo:
- O aumento geral dos salários em 90€;
. - 35 horas de trabalho semanal para todos;
. - Fim da desregulação do horário de trabalho;
. - A estabilidade de vínculo, que a um posto de trabalho permanente corresponde um vínculo de trabalho efetivo;
. - A revogação das normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente da caducidade dos contratos coletivos e a reposição do tratamento mais favorável ao trabalhador;
. - A harmonização de direitos tendo por base a legislação que vigora nas restantes instituições do SNS e a concretização de uma Carreira Única de Enfermagem;
. - O fim do modelo das PPP, cumprindo o estabelecido na nova Lei de Bases da Saúde.