Os enfermeiros vão juntar-se à greve da Administração Pública a 17 de março, nos turnos da noite, manhã e tarde. Recusamos continuar a empobrecer.
O Governo deu início ao processo negocial de revisão do SIADAP geral de aplicação a toda a Administração Pública. O resultado deste processo irá determinar que cada carreira profissional adapte o sistema de avaliação que atualmente tenha em vigor. Ou seja, irá aplicar-se aos enfermeiros.
A proposta apresentada não só mantém os constrangimentos já hoje existentes, como os agrava:
- Altera de bianual para anual, mas mantém a mudança de posição remuneratória de 10 em 10 anos;
. - Mantém as quotas – 75% para Adequados, 25% para Relevantes e, dentro destes 5% podem ser Excelentes;
. - Altera de 3 para 4 menções qualitativas (pretende-se acrescentar uma menção entre o Adequado e o Relevante). Ainda não foi concretizada que tipo de menção e se altera as quotas;
. - Faz depender a menção qualitativa (avaliação do desempenho) a atribuir a cada enfermeiro, no final de cada ciclo avaliativo (anual) do fato dos serviços e/ou instituições atingirem os seus objetivos. Ou seja, pode acontecer que o hospital X não atinja os objetivos quando se compara com o hospital Y. Neste caso:
1. As quotas previstas para o hospital X diminuem e são “oferecidas” ao hospital Y
2. Como está em causa a instituição/serviço atingir objetivos, isso significa que a avaliação do desempenho (processo individual) não fica dependente única e exclusivamente (como deveria ser) do trabalhador enfermeiro (funções, competências, etc.)
- Calendário – negociação durante o ano de 2023, formação em 2024 e operacionalização no
biénio 2025/2026.
Exigimos uma avaliação do desempenho sem quotas e transparente, que valorize a experiência que vamos adquirindo com a prática, que valorize o percurso profissional e que dignifique as carreiras – também a de enfermagem -, e que promova a satisfação e a motivação.
Está na hora de acabar com as progressões de 10 em 10 anos
A 17 DE MARÇO VAMOS EXIGIR, AINDA:
– Pagamento dos retroativos desde 2018;
– Resolução das injustiças relativas;
– Paridade da carreira de enfermagem com a carreira técnica superior da Administração Pública;
– Revisão da Tabela Remuneratória Única;
– Valorização das carreiras profissionais;
– Defesa dos serviços públicos, desde logo o Serviço Nacional de Saúde.
Colega, para lutarmos pela resolução dos problemas que nos afetam, junta-te ainda à
MANIFESTAÇÃO – 18 MARÇO, 15 HORAS
DAS AMOREIRAS ATÉ AOS RESTAURADORES