O volume de horas extras em dívida com os enfermeiros é de 519.574.
Os hospitais, centros hospitalares e unidades locais de saúde que têm uma gestão de natureza empresarial (EPE) têm maior facilidade de contratação de pessoal que as restantes instituições.
Contudo, estas instituições EPE não têm contratado o número de enfermeiros necessários: por falta de financiamento ajustado, umas não têm apresentado propostas de contratação e outras têm apresentado propostas de contratação para reduzido número de enfermeiros. Por outro lado, o próprio Ministério da Saúde tem “retardado” os despachos autorizadores de contratação.
Em síntese, a carência de enfermeiros, que já era estrutural, tem-se acentuado de forma brutal. Consequência: nas 26 instituições hospitalares apuradas, o volume de horas extraordinárias em dívida para com os enfermeiros já é de 519 574 horas.
Importa referir que nas restantes 18 instituições por apurar estão quatro dos maiores centros hospitalares. Significa que o Ministério da Saúde e Instituições deverão aos enfermeiros cerca de 7/8 milhões de euros que não estão contabilizados em lado nenhum.
O Ministério da Saúde assumiu o compromisso de, até final do ano, pagar aos fornecedores de material clínico. E aos enfermeiros?