24 Março, 2023
Manifestação dos jovens trabalhadores a 28 março
Não haverá Portugal sem futuro, não haverá futuro sem jovens.

 

A 28 de março os jovens portugueses farão de Lisboa e do Porto os palcos da revolta, reclamando um lugar no futuro em Portugal. Gritando: Basta de empobrecer a trabalhar!

“A geração mais qualificada de sempre”, motivo de orgulho nacional, por ausência de decisões políticas que a valorize, é arremessada para a precariedade, para os baixos salários, para a dependência económica dos pais, para a desmotivação… o que não pode senão resultar em revolta, depressão ou fuga para o estrangeiro.

É assim que o Governo gere os ativos do futuro.

A precariedade laboral, os baixos salários, a ausência de condições para a constituição de família, a desregulação dos horários, a impossibilidade de conciliar a vida profissional com a familiar, o aumento do custo de vida e, em concreto da habitação, entre outros., são fatores que dificultam – e em alguns casos impedem mesmo – que os jovens trabalhadores portugueses encarem a sua permanência no país como uma solução para o seu futuro.

Não basta qualificar os jovens, é preciso criar incentivos para a sua fixação.

Não faz sentido que os jovens portugueses sejam ativos geradores de riqueza para o PIB de outros países e, simultaneamente, agentes de rejuvenescimento da sociedade, enquanto Portugal continua a envelhecer e a empobrecer.

 

Os jovens portugueses produzem riqueza:

  • GALP – 1104 milhões de euros de lucro
  • Santander – 606,7 milhões de euros
  • SONAE – 210 milhões
  • EDP – 518 milhões.

Mas todos os meses falta dinheiro para:

  • Alimentação
  • Aquecer a casa
  • Passear
  • Sair de casa dos pais
  • Poupar.

E assim é o retrato da realidade:

  • 1 em cada 4 jovens recebe o salário mínimo nacional;
  • Mais de metade recebe menos de 1000 euros;
  • Saem de casa cada vez mais tarde (o preço da habitação, arrendada ou comprada, assim o obriga);
  • A maioria adia o desejo de constituir família;
  • Muitos são obrigados a ter duplo emprego ou a fazer “biscates”.

 

Não! Os jovens portugueses não estão predestinados a serem pobres. Assim não pode continuar. Os jovens portugueses têm direito a um futuro em Portugal.

Os enfermeiros jovens não são excepção e são confrontados com as mesmas dificuldades: salários baixos, pouca ou nenhuma expectativa de desenvolvimento profissional, trabalho não remunerado (trabalho extra não pago), duplo emprego para conseguir rendimento económico aproximado das expetativas, adiamento de constituição de família, e, assim, em muitos casos, o estrangeiro continua a afirmar-se como a solução.

Mas não tem de ser assim. Portugal precisa dos enfermeiros que forma, e dos que irá continuar a formar.

Colega, a partir das 15 horas, junta-te a nós: no Porto, no El Corte Inglés (Vila Nova de Gaia), e em Lisboa, no Rossio.