A Interjovem é a organização específica da CGTP-IN dos jovens trabalhadores. A Conferência da Interjovem é o momento alto de discussão dos problemas dos jovens trabalhadores.
Dizem que pertenço a geração mais bem preparada de sempre.
Mas esta é a minha realidade:
Nunca assinei um contrato de trabalho
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Chego a trabalhar 10 a 12 horas por dia
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Estou exausta porque somos poucos no Serviço
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O salário não chega ao fim do mês
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O meu horário muda todas as semanas
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Estou grávida e fui despedida
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Tenho medo que não me renovem o contrato
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Estou doente e fui despedida
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Fiquei infetada e não existe serviço de saúde ocupacional na minha instituição
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Fiquei sem férias durante o confinamento
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Somos 5 na mesma casa em teletrabalho
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Obrigaram-me vir trabalhar na minha folga
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Tenho um Recibo Verde mas não sou trabalhador independente
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Não me pagam horas extras
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Só encontro part-times que não chegam ao salário mínimo
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Subsídio de alimentação? Como assim?
Trocaram-me as férias sem o meu consentimento
Na entrevista de emprego perguntaram-me se queria ter filhos
Em Portugal são já mais de 80 mil jovens desempregados, 25% dos jovens com menos de 25 anos.
Através da luta organizada nos sindicatos da CGTP-IN é possível o aumento dos salários, acabar com a precariedade e garantir que a cada posto de trabalho permanente corresponda um vínculo de trabalho efetivo.
AS EXIGÊNCIAS QUE FAZEMOS NÃO SÃO UMA UTOPIA. São possíveis:
- aumento geral dos salários em €90
- fixação do salário mínimo nacional nos €850
- 35 horas para todos os trabalhadores sem perda de salário
- combate à precariedade e aos contratos de 4 meses. Todos os enfermeiros admitidos são necessários
- contabilização dos pontos para efeitos de progressão, independentemente do vínculo.
- revogação das normas gravosas do código do trabalho
- fim da desregulamentação dos horários. As 12 horas aumentam o risco e a penosidade.
- valorização das carreiras profissionais, incluindo a de enfermagem
- obrigatoriedade de existirem períodos de integração dos jovens enfermeiros, em todas as instituições do SNS.
- Pagamento de todo o trabalho que vai para além das 140h às 4 semanas como trabalho extraordinário/suplementar
- 25 dias de férias para todos os enfermeiros