São os trabalhadores que produzem a riqueza. Exigimos melhores condições de trabalho. A presença na manifestação para comemorar o Dia do Trabalhador é uma responsabilidade.
A luta dos trabalhadores contribuiu para afastar o governo PSD/CDS e dar início a um processo de reposição, ainda que limitado, dos salários, rendimentos e direitos. Contudo, os problemas estruturais que aprofundaram as desigualdades e a pobreza laboral mantêm-se.
A obsessão do governo pela redução do défice e a resistência à renegociação da dívida, a sua submissão às imposições e constrangimentos do euro, UE, FMI e OCDE, tem impedido mais avanços positivos para os trabalhadores e o povo, com o condicionamento do investimento público, a degradação dos serviços públicos e o congelamento dos salários do setor público.
No setor privado enquanto aumenta o volume de negócios e os lucros dos patrões, os salários dos trabalhadores continuam praticamente estagnados.
Passados 132 anos sobre os massacres de Chicago que estiveram na origem do 1.º de maio, os trabalhadores de todo o mundo continuam a lutar pela sua emancipação, contra a exploração e por melhores condições de vida e de trabalho.
O governo do PS, ao convergir com o PSD, o CDS e o grande patronato e rejeitar a reposição do pagamento do trabalho suplementar, os 25 dias de férias, a revogação da caducidade e a reposição do tratamento mais favorável da contratação coletiva, e ao permitir a precariedade, os baixos salários, a desregulação dos horários de trabalho, os despedimentos fáceis e baratos, prossegue a política laboral contestada pela luta dos trabalhadores e rejeitada pela generalidade dos portugueses.
São os trabalhadores que produzem a riqueza, por isso exigem melhores condições de trabalho:
Mais salários
Os salários em Portugal têm vindo a perder peso na distribuição do rendimento.
Horários dignos
Ao mesmo tempo que governo e patrões realçam os avanços científicos e técnicos, que deveriam conduzir à redução do horário de trabalho, acentua-se a desregulação do tempo de trabalho e tentativas para o aumentar.
Acabar com a precariedade
A precariedade não pára de aumentar. É um flagelo que urge combater.
É o futuro dos nossos jovens e do país que está em causa.
O peso dos contratos a prazo no setor privado, em 2016, era superior a 33%.
Que cada posto de trabalho permanente seja ocupado por um trabalhador com vínculo efetivo.
Contratação coletiva
Os governos PS, PSD e CDS sempre conviveram mal com os direitos que os trabalhadores conquistaram com a sua luta.
Com o Código do Trabalho de 2003 e as sucessivas revisões a que foi sujeito, os trabalhadores ficaram sempre a perder.
Introduziram a caducidade das convenções coletivas e eliminaram o principio do tratamento mais favorável para cortar direitos e permitir condições laborais piores que a lei.
Por um Portugal com futuro:
- Revogação das normas gravosas da legislação laboral
- Investir no aparelho produtivo, aumentar a produção nacional
- Controlo público dos setores estratégicos da economia
- Justiça na distribuição da riqueza nacional
- Justiça fiscal que alivie rendimentos do trabalho e taxe o grande capital
- Combate às desigualdades sociais e territoriais
- Serviços públicos e políticas sociais de qualidade e universais
- Soberania e independência nacionais
Expressa na rua as tuas reivindicações!
Dá mais força à luta por melhores condições de vida e de trabalho!