SEP denuncia a saída de cerca de 1.000 enfermeiros do SNS para outros países. Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, a 31 de Dezembro de 2013 e comparativamente a período homólogo, as instituições de saúde do SNS estão a funcionar com menos 986 enfermeiros.
A carência estrutural de enfermeiros no SNS tem vindo a agravar-se nos últimos dois anos colocando em causa a qualidade dos cuidados prestados, os programas assistenciais a que o Ministério da Saúde se obrigou pela via do Plano Nacional de Saúde e a continuidade da reforma, nomeadamente ao nível dos cuidados de saúde primários.
Na maioria dos hospitais e centros de saúde, os enfermeiros que se aposentaram, que pediram exoneração ou que estão em situação de ausências prolongada justificada, não foram substituídos.
Contrariando as afirmações do Ministro da Saúde, torna-se demasiado evidente a impossibilidade de manter a qualidade do SNS com os “cortes” e a manutenção de uma politica de não admissão de profissionais de saúde.
SEP responsabiliza Ministério da Saúde/Governo pelas condições cada vez mais dramáticas com que os enfermeiros são confrontados, nos locais de trabalho, e pela “sangria” de jovens enfermeiros que procuram noutros países o emprego que Portugal e o SNS lhes devia proporcionar.