Reunimo-nos com a Ministra da Saúde a 26 de abril e temos ainda mais razões para fazer esta greve.
Entregámos o Caderno Reivindicativo a 3 de abril e, 23 dias depois – quando a exigência era que nesta primeira reunião e até 10 de maio fosse assinado o Protocolo Negocial com a periodicidade das reuniões e as matérias a negociar -, a Ministra da Saúde (que conhece bem os nossos problemas) respondeu que a próxima reunião será a 24 ou 27 de maio, porque:
- Governo assumiu o compromisso de diminuir o IRS com efeitos a janeiro, e a estimativa é um custo de 350 milhões de euros
- Governo assumiu valorizar vários grupos profissionais e estão a decorrer processos negociais noutros ministérios
- Governo tem de fazer a gestão desses processos e calcular o impacto orçamental do suplemento de risco às forças de segurança (cerca de 150 milhões de euros), a contagem de todo o tempo de serviço aos professores (cerca de 300 milhões de euros, ainda que faseado), a valorização da carreira dos trabalhadores judiciais e, na saúde, a valorização de enfermeiros, médicos e outros.
E não podemos esquecer que o governo assumiu, no prazo de 60 dias, resolver/minimizar o problema dos doentes cujos tempos máximos de resposta para cirurgias, consultas ou exames complementares foram ultrapassados. Ou seja, recorrer ao setor privado e social e pagar os preços impostos por estes setores.
A matemática é simples. O valor disponível é de 800 milhões – 350 milhões (IRS) = 450 milhões – 150 milhões (forças de segurança) = 200 milhões
Caro colega: ou fazemos pressão desde já, ou os compromissos do Governo para resolver e valorizar os enfermeiros acontecerão, e veremos a dimensão do “resolver e valorizar”, apenas em 2025 e nos anos seguintes.
Greve e concentração
10 de maio
Lisboa – Campo Pequeno | 11 horas
Este é o momento para, todos juntos, demonstrarmos que não admitimos mais adiamentos!
