A 8 de março comemora-se o dia internacional da mulher trabalhadora. Este ano sob o lema 'Avançar na igualdade com emprego de qualidade'. A Lei consagra. Mas a igualdade entre mulheres e homens ainda está por efetivar no trabalho e na vida.
As mulheres são particularmente afetadas pela precariedade (mais de 66%, nas jovens até 25 anos), pelo desemprego (7,4%), pelo salário mínimo nacional (27%), pela discriminação salarial (16%), por horários de trabalho longos e desregulamentados (915 mil mulheres trabalham ao sábado), por doenças profissionais (lesões músculo-esqueléticas), pelo assédio e são ainda penalizadas pela maternidade. BASTA!
REJEITAMOS | A precariedade! E a angústia, a insegurança, os menores salários e a baixa natalidade que lhe está associada.
LUTAMOS | Pelo emprego estável e com direitos!
REJEITAMOS | A desvalorização do trabalho e a discriminação salarial que contribuem para a redução da proteção social, pensões mais baixas e um maior risco de pobreza.
LUTAMOS | Pelo aumento geral dos salários e 650€ de salário mínimo nacional!
REJEITAMOS | Os banco de horas, as adaptabilidades e a laboração contínua que não só ameaçam a conciliação do trabalho com a vida familiar e pessoal, como reduzem o rendimento das trabalhadoras.
LUTAMOS | Pelas 35 horas de trabalho semanal para mais vida pessoal e familiar!
REJEITAMOS | O assédio no trabalho que é uma forma de tortura psicológica e de intimidação patronal.
LUTAMOS | Pela efetivação dos direitos individuais e coletivos!
REJEITAMOS | Os longos horários de trabalho e os intensos ritmos de trabalho, responsáveis pelas lesões músculo-esqueléticas e a exaustão física e psicológica.
LUTAMOS | Por melhores condições de trabalho!
REJEITAMOS | As privatizações e a carência de estruturas públicas de apoio, nomeadamente, a crianças e idosos.
LUTAMOS | Por mais e melhores serviços públicos!
REJEITAMOS | As gravosas leis do trabalho do PSD/CDS e do PS.
LUTAMOS | Pelo fim da norma da caducidade, pela reposição do tratamento mais favorável e pelo direito de negociação e de contratação coletiva!
Enquanto as mulheres forem discriminadas, nenhum homem será verdadeiramente livre.
Em 1910, numa Conferência Internacional, em Copenhaga, foi proposto por Clara Zetkin a instituição de uma celebração anual das lutas das mulheres trabalhadoras, contra a exploração e a guerra, por direitos sociais e políticos, por melhores salários e horários de trabalho.
Este dia – 8 de Março – transformou-se numa jornada mundial, um símbolo de luta das mulheres contra todas as formas de opressão, discriminação e exploração, pelos seus direitos específicos e pela paz – razões que permanecem até aos dias de hoje.
UM DIA DE TODAS AS LUTAS. UMA LUTA DE TODOS OS DIAS.
Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres. (Rosa Luxemburgo)