Atitude negligente do Ministério da Saúde deixa administrações e profissionais “à beira de um ataque de nervos”.
Os 71% de adesão à greve no turno da manhã demonstram o quanto os enfermeiros estão fartos de compromissos e leis que não se cumprem por displicência dos políticos.
Em outubro de 2017, o Ministério da Saúde e os hospitais assinaram com o SEP um instrumento de regulamentação coletiva de trabalho que consagrava as 35 horas semanais, a partir de 1 de julho de 2018, para os enfermeiros com Contrato Individual de Trabalho (CIT).
À data, as administrações hospitalares reportaram a necessidade de contratar 1.976 enfermeiros para colmatar as 68.555 horas semanais de cuidados de enfermagem que deixam de ser prestadas a 1 de julho.
Total dos dados reportados pelas instituições ao Ministério da Saúde, em outubro de 2017:
A dois dias da entrada em vigor das 35 horas ainda não foi contratado qualquer enfermeiro.
Tão pouco foi publicado o despacho que autoriza as 2.000 contratações anunciadas pelo Ministro da Saúde e reiterada pela Secretária de Estado da Saúde, na reunião com o SEP a 25 de junho, sem especificar o número concreto de enfermeiros.
Segundo informação recolhida junto das administrações, as contratações, quando acontecerem, serão com contratos a termo.
É o Ministério da Saúde a promover a precariedade. INTOLERÁVEL!
Nota enviada à comunicação social a 28 de junho 2018.