Esta é a nossa revista n.º 120. E é para ti.
Passados dois anos de pandemia e seis vagas de covid-19, como está a saúde do nosso SNS, forte e saudável ou a precisar de cuidados constantes? Será o Serviço Nacional de Saúde capaz de evoluir e inovar-se ou é, ele mesmo, um doente crónico? E, na condição em que está, é sustentável?
“O que é óbvio é que se nos descuidarmos um único momento o processo de privatização da saúde é imediato e está a acontecer em todo o lado”, disse-nos Pilar del Río, a jornalista e Presidenta da Fundação José Saramago com quem conversámos umas destas tardes, enquadradas pelo rio e pela cidade, e que é a figura da rubrica Perfil desta edição.
Eugénio Rosa, economista e membro do Conselho Diretivo da ADSE, Tiago Correia, professor e investigador em Saúde Pública Internacional e Bioestatística, e a jornalista do Expresso Vera Arreigoso, que entrevistámos para o nosso tema de fundo, ajudaram a fazer o diagnóstico do estado de saúde do SNS e a identificar os fatores de risco mais aparentes. A promiscuidade e a dificilmente compreensível gestão de profissionais, instalações e equipamentos, a insuficiência dos orçamentos incapazes de colmatar estragos de décadas, o peso da máquina, o desfasamento das medidas e modelos de gestão dos recursos, tudo concorre para a degradação do SNS e da sua sustentabilidade/viabilidade com o efeito, último, de estreitamento constante do seu acesso universal em igualdade e com “o risco de o serviço ser só para aqueles que não têm dinheiro para o seguro de saúde”, como alerta claramente Eugénio Rosa.
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