Apesar da enorme margem de lucro dos grupos económicos com o tratamento da doença, isso não se reflete na melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros.
Faremos uma conferência de imprensa a 27 de março, 11 horas junto ao Hospital CUF Almada.
Entregámos no início do ano uma contraproposta de revisão do Contrato Coletivo de Trabalho a aplicar aos enfermeiros que exercem nos grupos privados de saúde, associados da APHP – Associação Portuguesa da Hospitalização Privada.
Esta contraproposta discutida e aprovada com os enfermeiros é a resposta à proposta que a APHP apresentou no final do ano para revisão do CCT em vigor.
Inadmissivelmente, até à data, a APHP não agendou reunião para iniciar o processo negocial.
Enfermeiros dos hospitais privados exigem negociação do contrato coletivo de trabalho.
Os clientes que recorrem ao setor privado da saúde, porque o pagam diretamente do seu bolso, exigem não ter que esperar pelo atendimento. Exigem ainda, pela mesma razão, ter profissionais de saúde, também enfermeiros, quase dedicados em exclusivo à resolução da sua situação de doença.
As condições de trabalho oferecidas pelos grupos privados do setor da saúde aos enfermeiros estão longe de ser as melhores e de compensar esta “exclusividade”.
O protelamento em dar início ao processo negocial de revisão do CCT só tem vindo a agravar o sentimento de desrespeito que os enfermeiros sentem existir por parte dos patrões.
Neste contexto, iniciámos, uma campanha de denúncia pública, em todo o país com recolha de abaixo-assinado dos enfermeiros, colocação de faixas e distribuição de folhetos à população e clientes, junto dos hospitais dos principais grupos privados: CUF, Lusíadas, Luz e Trofa.
Entendemos que a população em geral e os clientes destes hospitais privados têm o direito de saber que, apesar da enorme margem de lucro destes grupos económicos com o tratamento da doença, isso não se reflete na melhoria das condições de trabalho dos enfermeiros.