Dia 10 de dezembro, às 11 horas, em frente ao Hospital S. Bernardo, os enfermeiros denunciam atropelos de direitos e más condições de trabalho.
Desde o impedimento de mobilidade entre instituições do SNS, a horas extraordinárias não pagas, passando pelo ataque aos direitos da parentalidade, são vários os ataques aos direitos que os Enfermeiros desta instituição querem trazer a público.
Certos de que vão manter a luta contra este vírus, precisam de ter condições de Trabalho e desde logo, respeito pelos seus direitos mais elementares, para prosseguirem esta missão.
Denunciam o atropelo ao direito ao Horário Flexível para acompanhamento de filhos menores nos termos legalmente consagrados, uma vez que o Conselho de Administração (CA) aparentemente considera estar acima da Lei neste âmbito.
Denunciam o desaparecimento de horas que fazem a mais, sendo frequente os Enfermeiros tenham que reclamar o seu pagamento ou gozo, e ser necessário estarem atentos para que o registo das horas não “desapareça”.
Denunciam que de facto não estarmos todos no mesmo barco, sendo que aos Enfermeiros é negada a liberdade de se mobilizarem entre instituições do SNS e/ou rescindir contrato para ir para mais perto da família, sem que lhes sejam garantidas melhores condições de trabalho ou um contrato estável finda a pandemia.
Reivindicam:
O reforço do SNS, desde logo por meio da certeza de que os enfermeiros com contratos precários ficam efetivamente vinculados à instituição, uma vez que são necessários de forma permanente.
A equiparação dos dias de férias entre diferentes contratos. Tanto o Governo como o CA, recusam-se a resolver a discriminação nos dias de férias por cada 10 anos de Serviço, de forma permanente. O Governo quer atribuir prémios discricionários e não resolver injustiças de base, o que é incompreensível.
É justa a reposição de todos os dias de férias retirados nos últimos anos, aplicadas a todos os trabalhadores do SNS sem discriminações.
O pagamento de todo o Trabalho extraordinário, incluindo o Regime de Prevenção, a 100% nas horas em presença física, como é justo e de direito.
Os enfermeiros estarão em protesto frente ao Hospital de Setúbal, disponíveis para testemunhar estes atropelos na primeira pessoa.
Nota enviada aos media a 9 de dezembro 2020