São no total 46 enfermeiros ausentes, uns por estarem infetados e outros por estarem em isolamento profilático. A situação é grave e é inadmissível a tentativa de desvalorização por parte da Administração.
Em declarações públicas, ontem, 25 de outubro, a Presidente do Conselho de Administração afirmou que o hospital continua a conseguir dar as respostas necessárias, apesar de quase uma centena de profissionais ausentes.
Sustenta esta afirmação:
- com a contratação durante o verão de 15 enfermeiros,
- o aumento da carga horária das equipas,
- a “requisição” de enfermeiros em funções de chefia para a prestação de cuidados.
Inaceitável! De junho a outubro decorreram 4 meses onde, obrigatoriamente, a administração se deveria ter preparado para uma segunda onda da pandemia, já esperada. Os enfermeiros alertaram durante o verão para a escassez de enfermeiros, um elevado numero de horas extraordinárias e exaustão das equipas.
As contratações ao longo do ano sempre se demonstraram insuficientes e, inadmissivelmente, continuam a recorrer a ilegalidades com é o caso de horários de 12 horas e, agora, é colocar enfermeiros chefes na prestação de cuidados.
Responsabilizamos a administração do hospital, o Ministério da Saúde e Governo pela situação atual com que os profissionais estão confrontados por ausência de medidas de tampão no acesso aos serviços de internamento do hospital e, em consequência, pelo aumento dos ritmos de trabalho dos enfermeiros.
Para finalizar, a realidade do Hospital de Santarém demonstra que todos os profissionais estão na linha da frente do combate à pandemia e não apenas aqueles poucos que o governo decide para poupar no prémio e no subsidio de risco.
Nota enviada aos media a 26 de outubro 2020