Brutal carência de enfermeiros Unidade Local de Saúde do Alto Minho versus escassez de pedidos de autorização ao ministério da saúde para contratar resulta em sub-contratação e mais exploração dos enfermeiros!
SEP afirma ser inqualificável a opção do Conselho de Administração da ULSAM e o SEP já solicitou intervenção do Ministério da Saúde. A carência de enfermeiros nas duas unidades hospitalares (Viana do Castelo e Ponte de Lima) é profundamente conhecida e aprofunda-se. A criação da Unidade de Convalescença no hospital de Ponte de Lima onde antes existia um Serviço de Medicina Interna determinou o aumento do numero de doentes internados nos espaços de convívio/refeitório dos outros serviços de Medicina, sem reforço das equipas de enfermagem. Os Centros de Saúde não estão melhor! Só no Centro de Saúde de Viana do Castelo deveriam estar alocados 106 enfermeiros de família, estão 32. E na Unidade de Cuidados na Comunidade deveriam estar 25 estão 5.
Este é o panorama na maioria dos Centros de Saúde que compõem a ULSAM. Os horários de trabalho dos enfermeiros continuam a pugnar pela ilegalidade: turnos de 12 horas, não gozam das duas folgas/semana e centenas de horas a mais que é exigido às equipas sem a devida compensação em trabalho extraordinário. Como não bastasse e face à carência que o Conselho de Administração promove – o ultimo pedido de autorização para contratar que foi enviado ao Ministério da Saúde foi de 11 enfermeiros – está a ser pedido aos enfermeiros para trabalharem nas suas folgas e feriados sem que lhes seja dada a compensação em tempo (para além do dinheiro) a que têm direito.
A exigência do SEP para que o Ministério da Saúde intervenha nesta Unidade Local de Saúde é tanto mais razoável quanto o esforço desenvolvido num processo negocial que teve como objetivo por fim às subcontratações de enfermeiros promovendo a admissão através de formas legais, já publicadas em lei.