Os enfermeiros com vínculos precários contratados na pandemia temem ficar no desemprego.
Foi aberto um concurso mas a maioria dos colegas ficou de fora.
Sara Lousada esteve 7 anos a trabalhar na Noruega e o regresso a Portugal coincidiu com a pandemia. Acabou por entrar no SNS de forma precária.
Trabalhou com doentes covid e na vacinação. Viu neste concurso de 152 vagas, a oportunidade de se vincular. “Este concurso abriu para nos poderem consolidar o que já exercíamos na pandemia. Apena um colega entrou. Estamos a falar de uma maioria que ficou de fora”. Volta a incerteza.” O que vão fazer connosco? “ – pergunta a colega Sara.
No concurso que foi aberto para a região de Lisboa, surgiu como requisito preferencial as competências adquiridas no combate à pandemia. Mas para estes enfermeiros esse não foi o principal fator de seleção.
“Quem está há mais tempo no SNS acaba por entrar no concurso e estes colegas que estão contratados, há cerca de 2 anos, e que optaram por sair do privado, vir do estrangeiro, etc., para ajudar no combate à pandemia, correm o risco de ficar desempregados” – refere o nosso dirigente Rui Marroni.
É lamentável esta situação tendo em conta que na região de Lisboa, estima-se que falte 1500 enfermeiros para cumprir os rácios da Organização Mundial de Saúde.