Enfermeiros e outros profissionais, autarcas de todas as áreas políticas, comissões de utentes e associações cívicas, utentes e cidadãos fizeram parte dos que ao longo do dia quiseram, com a sua presença, demonstrar a perplexidade face à prepotência e insensibilidade desta Administração e manifestar a sua solidariedade com os profissionais de saúde.
Na vigília que decorreu durante 27 de novembro, junto ao Hospital das Caldas da Rainha, muitas pessoas expressaram a sua solidariedade e indignação, relativamente à injustificada atitude da Administração deixando patente a sua revolta e preocupação, pela agravada precarização dos enfermeiros subcontratados, mas também pela falta de profissionais e pelo número insuficiente de camas nos diversos serviços e, particularmente neste Serviço de Urgência.
Nesse dia, em declarações à comunicação social, o presidente do Conselho de Administração “lavou as mãos” e declinou a responsabilidade na empresa de subcontratação “Tónus Global”, que ficou com “carta-branca” para explorar ainda mais os profissionais. Ficou clara a forma como esta Administração gere os recursos financeiros públicos e trata profissionais dedicados, com provas dadas, alguns há mais de 5 anos nesta instituição, fundamentais para a estabilidade das equipas e para a prestação de cuidados com qualidade e segurança!
Lamentável é que tudo isto tenha a cobertura da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, do Ministério da Saúde e do governo, que certamente estarão mais interessados que esta Administração seja a comissão liquidatária das Unidades de Saúde da Região do Oeste, do que bons gestores de cuidados de saúde públicos, em prol de um Serviço Nacional de Saúde, mais eficiente, mais acessível, com melhor qualidade e maior segurança.
Hoje, dia 1 de dezembro (data que representa a proclamação da Independência de Portugal em relação aos interesses estrangeiros e que este governo apagou da lista de feriados e de comemorações), acontece mais um encerramento – o do Hospital do Barro, com a transferência da Unidade de Pneumologia, para o Hospital de Torres Vedras!
Esta Administração promoveu a fusão dos Centros Hospitalares de Torres Vedras e Oeste Norte, num CHO com menos valências e serviços, menos profissionais e menos camas, mas também com piores condições de trabalho e de oferta de cuidados de saúde!
Ainda no dia 27 de novembro e pressionado pela comunicação social, o presidente do CA informou que estavam disponíveis mais camas no Hospital de Peniche para internar os doentes instalados em macas. No entanto, não disse quando começavam a funcionar (a promessa já vem de Maio, decorrente de outra denúncia do SEP), nem com que recursos humanos!
Hoje, a Administração do CHO e o governo, empurraram alguns dos enfermeiros para o desemprego, por não suportarem condições de exercício ainda mais humilhantes. Para os que ficaram, condenaram-nos a uma maior precariedade e insegurança, mas com as mesmas responsabilidades e obrigações!
De uma coisa podem a Administração do CA e o governo que a suporta ter a certeza!
O SEP não se calará e continuará a assumir, como sempre, o seu papel na defesa dos profissionais, dos Utentes e do Serviço Nacional de Saúde!