A situação caótica no Serviço de Urgência da Unidade de Leiria gera sobrecarga de trabalho e coloca em risco a prestação dos cuidados de saúde.
A situação caótica que se vive no Serviço de Urgência (SU), da Unidade de Leiria (Unidade Local de Saúde de Leiria), devido à acumulação de doentes sem a adequada dotação das equipas de enfermagem, tem gerado sobrecarga de trabalho aos profissionais e coloca em risco a segurança e a qualidade dos cuidados.
A acumulação de utentes por vários dias no Serviço de Urgência, obriga a que permaneçam em macas sem quaisquer condições de conforto, segurança e dignidade. Ainda, aumenta exponencialmente o risco de erro na prestação dos cuidados devido ao número insuficiente de enfermeiros, para o elevado número de doentes.
Exaustos e cansados os enfermeiros têm denunciado junto dos superiores e do Conselho de Administração (CA) esta problemática apelando para a resolução destes problemas, mas sem resposta de resolução.
Face a esta carência de enfermeiros, a solução apresentada pelo CA é recorrer a horas suplementares programadas sem fim. Ou seja, além do aumento do número doentes/ aumento de cuidados necessários, a solução passa também pelo aumento da carga horária com recurso a turnos suplementares. Esta situação leva ao aumento de risco no erro, diminuindo a qualidade e a segurança dos cuidados aos utentes.
Os enfermeiros da Urgência, reunidos connosco a 10 de abril, decidiram a elaboração de um documento onde estarão elencadas as questões problemáticas e as devidas sugestões para resolução, a apresentar ao Conselho de Administração.
Reiteramos que esta degradação consecutiva das condições de trabalho e o desprezo institucional pela carreira dos enfermeiros têm consequências desastrosas na organização dos serviços de saúde, com particular gravidade no Serviço de Urgência.
Não deixaremos de reivindicar e exigir a resolução destas e de outras questões, com medidas concretas e duradouras, permitindo uma maior e eficaz capacidade, qualidade e segurança na prestação de cuidados e da vida destes profissionais.
Lembramos que enviámos no dia 28 de março um pedido de reunião e ainda não tivemos resposta.
