O estabelecimento prisional das Caldas da Rainha descarta enfermeiros.
A exercer funções a “Recibo Verde” há já cerca de dois anos, 3 enfermeiras, receberam recentemente uma comunicação via email daquela empresa, aparentemente por ordem expressa do EPCR para, de forma descartável, as despedir.
Esta medida de (má) gestão enquadra-se na lógica do estrito economicismo a que este Governo nos tem vindo a habituar.
O SEP entende que é completamente inadmissível que o EPCR não encontre a forma de contratar diretamente as enfermeiras e seja necessário que um intermediário (empresa de subcontratação) que para além de ser mais oneroso, veja os recursos humanos como mais uma área de negócio.
Entretanto, a empresa/EPCR, poucas horas depois de despedir estas enfermeiras, tinha um anúncio de recrutamento de enfermeiros, por coincidência (ou talvez não), para o mesmo local de trabalho, o EPCR.
Que estranha (ou talvez não) forma esta de elevar os cuidados de saúde prestados a pessoas privadas de liberdade mas com a mesma dignidade que qualquer cidadão.
Que cuidados de saúde pretendem o EPCR, nesta alucinante roda descartável? Será que o EPCR entende que os seus utentes não são merecedores de ter direito a uma saúde digna?
Será que, também para o EPCR, a melhor solução para estas enfermeiras é a emigração? Ou a prisão do “Recibo Verde” sem direitos?