A exercer funções no Hospital de Cantanhede, cinco enfermeiras receberam no passado dia 29 de agosto uma carta de despedimento referindo que a partir de 30 de setembro próximo deixariam de ali exercer funções, isto é, estão despedidas.
Esta medida de (má) gestão enquadra-se na lógica do estrito economicismo a que este Governo/Ministério da Saúde nos tem vindo a habituar.
Como é possível que em apenas dois serviços do Hospital (Cuidados Paliativos e Convalescença) haja um débito de cerca de 1 500 horas aos enfermeiros, e se esteja simultaneamente a despedir estes profissionais?
Sobre isto, o SEP entende que é completamente inadmissível que não se encontre a forma de manter estas enfermeiras a exercer funções, sob pena de se estar a contribuir para a desestabilização dos serviços, para a diminuição dos cuidados prestados, para o aumento dos ritmos de trabalho e com a consequente repercussão negativa nos doentes.
Entre os enfermeiros, este Ministério da Saúde, ficará a ser lembrado como um dos maiores promotores da precariedade contratual, revelando que não inclui nos seus objetivos a redução e erradicação dos níveis de precariedade, como são exemplo os falsos recibos verdes ou, neste caso do Hospital de Cantanhede, a subcontratação e o consequente despedimento de 5 enfermeiras.