26 Junho, 2023
Concentração a 28 de junho no Hospital Sousa Martins
É fundamental o combate à pandemia da precariedade laboral na Guarda. Junta-te a nós na concentração dia 28, entrada velha do Hospital Sousa Martins, às 11 horas.

A hipocrisia do Governo na defesa do SNS e dos seus profissionais

No âmbito da greve dos enfermeiros, nos próximos dias 28 e 30 de junho (manhã e tarde) uma das reivindicações centrais é, uma vez mais, a admissão de todos os enfermeiros com vínculo laboral precário na Unidade Local de Saúde da Guarda. Reivindicamos também o aumento real dos salários e a revogação do SIADAP.

Sempre defendemos que para “funções permanentes, contratos permanentes”. Não podemos esquecer que a pandemia veio evidenciar e intensificar os vários problemas que já existiam no SNS tendo-se acentuado, de forma preocupante, com atrasos na prestação de cuidados essenciais.

A carência generalizada de enfermeiros, desde há anos, nunca foi colmatada e o recurso a horas extraordinárias que já eram uma realidade nos serviços mesmo antes da pandemia, é cada vez maior.

Além da não resolver a pandemia da precariedade laboral, o governo e a sua Direção executiva do SNS, está eminentemente política e não técnica.

É crucial que a Unidade Local de Saúde da Guarda tenha uma efetiva autonomia administrativa e financeira. Para tal é fundamental a aprovação do Plano de Atividades e Orçamento que enquadre as reais necessidades permanentes, em termos de cuidados de enfermagem.

Além da não efetivação de um direito consagrado, o gozo efetivo dos descansos compensatórios, com implicações nos ritmos de trabalho e sobrecarga e associando o envelhecimento, exigem urgentemente medidas de compensação do risco e penosidade da profissão, nomeadamente através da aposentação mais cedo.

Não temos memória curta. O Governo, de maioria absoluta do PS, apregoava aos sete ventos reconhecer o esforço e dedicação dos enfermeiros, no entanto continua sem resolver problemas que se têm vindo a agravar, nomeadamente a pandemia da precariedade laboral.

 

Injustiçados e exaustos, reivindicamos e lutamos por:

Pela urgente contratação de enfermeiros com vínculo efetivo de todos que foram contratados no âmbito das medidas de combate à pandemia. Ou seja, os que exercem funções permanentes desde 1 de agosto de 2020 e todos os colegas em contrato de substituição, em alguns casos há mais de três anos.

Unidos contra a pandemia da precariedade laboral que desvaloriza outros direitos laborais, nomeadamente o acesso à avaliação de desempenho, à formação continua em contexto de serviço e outros direitos laborais sonegados em resultado da precariedade laboral.

Os enfermeiros sempre responderam às exigências dos utentes e sempre estiveram na “linha da frente” na prestação pública de cuidados de enfermagem à população do distrito da Guarda, o caminho é de denúncia e luta !

O fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde implica a valorização dos enfermeiros com a urgente contratação para dar resposta às necessidades das populações do distrito da Guarda, para tal urge uma decisão política de aplicação do mesmo critério de efetivação dos enfermeiros, como aconteceu com os colegas contratados até 31 de julho de 2020.