22 Março, 2024
ULS Algarve não resolve versus ARS Algarve resolve
É inaceitável que a administração ignore os avisos dos enfermeiros relativamente ao descontentamento e revolta que sentem e nada faça para travar as exonerações. 

Enquanto a administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), agora Unidade Local de Saúde do Algarve (ULS do Algarve), não agenda reunião para discussão e resolução dos problemas dos enfermeiros, que se agravam, a Administração Regional do Algarve (ARS Algarve) em reunião a 4 de março de 2024 avança na resolução das seguintes injustiças relativas:

Contabilização de pontos aos enfermeiros promovidos às categorias de Enfermeiro Especialista entre 2004 e 2011.

Foram publicadas as orientações do secretário de estado a 16 de dezembro no sentido de resolverem as designadas Injustiças Relativas dos enfermeiros que foram promovidos à categoria de Enfermeiro Especialista entre 2004 e 2010/2011.

A ARS Algarve vai regularizar e processar vencimentos em abril de 2024.

Contabilização de pontos aos enfermeiros promovidos às categorias de Enfermeiro Chefe entre 2004 e 2011 e aos enfermeiros responsáveis pela formação em serviço.

A 27 de fevereiro foram emitidas orientações pela ACSS para que sejam contabilizados os pontos aos enfermeiros chefes promovidos até 2011 e aos enfermeiros que consolidaram um escalão em resultado de terem sido responsáveis pela formação em serviço. À semelhança dos colegas especialistas, assumiram o compromisso de regularizar a situação já em abril de 2024.

Estas, entre outras matérias, fazem parte da ordem de trabalhos a discutir com a administração da Unidade Local de Saúde:

  1. Plano de Desenvolvimento Global da ULS
    • Representação dos cuidados saúde primários por um enfermeiro assente no conselho de administração;
    • Articulação/integração dos cuidados e internalização dos Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica;
    • Projetos do Plano de Recuperação e Resiliência que possam estar a ser utilizados para compra ou melhoria de equipamentos;
    • Contratualização com as Unidades de Saúde Familiar e pagamento dos incentivos;
  2. Mapa de pessoal para 2024
    • Número de enfermeiros;
    • Número de enfermeiros especialistas por domínio de especialização;
    • Número de enfermeiros em funções de gestão;
    • Número de enfermeiros gestores;
  3. Concursos para desenvolvimento na Carreira de Enfermagem (Especialista, Gestor e Direção)
  4. Vínculos precários e regularização
    • Número de enfermeiros com Contrato a Termo Certo e em “regime de substituição”;
    • Número de enfermeiros com Contrato a Termo Incerto;
    • Número de enfermeiros a Recibo Verde;
  5. Cumprimento do regulamento de horários aprovado/dotações de enfermagem
    • Compensação pelo risco e penosidade do exercício de funções no departamento de Oncologia e departamento de Psiquiatria;
    • Estatuto de trabalhador-estudante;
  6. Avaliação do desempenho/progressões
    • Biénio 2023/2024;
    • Acelerador de progressões;
    • Um enfermeiro gestor/serviço para operacionalizar a avaliação do desempenho;
  7. Injustiças relativas / aplicação das orientações do Ministério da Saúde:
    • Enfermeiros Especialistas promovidos até 2011;
    • Enfermeiros Chefes promovidos até 2011;
    • Enfermeiros responsáveis pela formação em serviço e que consolidaram escalão até 2010;
    • Início de funções no 2º semestre;

É inaceitável que o 1º trimestre do ano esteja a chegar ao fim e a administração ainda não tenha, sequer, informado os enfermeiros sobre a operacionalização de medidas aos quais estão obrigados.

É inaceitável que continuem a não resolver os problemas dos enfermeiros quando o Ministério da Saúde já deu indicações explicitas para fazê-lo!

A manter-se a ausência de respostas por parte da administração aos pedidos de reunião e consequentemente a não resolução dos problemas e agravamento das condições de trabalho os enfermeiros avaliarão formas de luta.