Mobilidade de enfermeiros do Centro Hospitalar Algarve para os centros de saúde suspensa e ARS Algarve promove precariedade ao recrutar recibos verdes.
Cerca de 40 enfermeiros iriam, a partir de 1 de novembro, atenuar a carência de profissionais nos Centros de Saúde. O processo de mobilidade foi agora suspenso por motivos que o SEP desconhece.
Em simultâneo a ARS publicita no jornal Correio da Manhã que está a aceitar candidaturas de enfermeiros com experiência superior a 1 ano e que não sejam detentores de vínculo à Administração Pública, mas que tenham flexibilidade!
O SEP considera inaceitável o recurso a contratos precários para resolver necessidades permanentes dos serviços.
Considera ainda inaceitável, a ser verdade, que seja o Presidente da ARS a promover as entrevistas individuais aos enfermeiros que estavam previstos para mobilidade, informando que seria o próprio a decidir qual o posto de trabalho para onde iriam.
Apesar de, formalmente, ser o Conselho Diretivo da ARS a aceitar a mobilidade, a colocação dos profissionais tem que ser operacionalizada pelas Direções de Enfermagem que para tal têm competências legalmente atribuídas.
A mobilidade de enfermeiros é uma das propostas do SEP para além da exigência do desbloqueamento do concurso de 774 vagas a nível nacional.
O SEP propôs também que se crie um regime de contratação de exceção, tal como já existe para outros profissionais na Saúde.
É urgente um concurso de âmbito regional, dado o Algarve ser a região mais carenciada do país.
Recibos Verdes não são a solução, mas sim o início de um grave problema. É inadmissível que num Governo que afirma combater a precariedade, esta seja promovida pelo Conselho Diretivo da ARS do Algarve.
O SEP irá solicitar reunião urgente à ARS.
Informação enviada à Comunicação Social a 13 de novembro de 2016.