Presidente da ARS Algarve intransigente na imposição das 40 horas nas USF modelo B.
Continua a pressão para aumentar a carga horária semanal para todos os profissionais das Unidades de Saúde Familiar – Modelo B.
Em reunião com os Coordenadores das USF-B, o Presidente da ARS voltou a exigir a “auto-imposição de, no mínimo, as 40 horas.”
Já a Directora Executiva do ACES Barlavento escreve em ofício que o pagamento dos incentivos está ligado ao aumento do horário de trabalho. Parece estar implícita uma chantagem inaceitável de que se não aumentarem o horário, irão cortar nos incentivos.
Os incentivos financeiros que marcaram o início das USF B em 2007 são para diminuir o número de utentes sem enfermeiro e médico de família. Passados mais de 10 anos vem agora o Governo e a ARS querer aumentar o horário de trabalho!
Apesar das 8 USF algarvias já terem fundamentado que cumprem as metas contratualizadas com a ARS dentro das 35 horas, o Presidente faz tábua rasa e apenas repete que não aceita horários inferiores às 40 horas.
Quando na reunião Paulo Morgado foi questionado se, para manter as 35 horas, aceitava retirar utentes das USF B, não aceitou! Curioso!
Inadmissivelmente, parece não estar preocupado com o rácio de enfermeiro/utente muito inferior nas outras unidades que compõem os Agrupamentos de Centros de Saúde, já que sempre que questionado pelo SEP de quantos enfermeiros identifica em falta na região, nunca quis revelar.
Presidente terá transmitido na reunião que “Este modelo [USF B] era atrativo como um sonho, para atrair profissionais, mas agora está com muitos problemas. Vai ser afinado e estes suplementos vão ser mexidos. Não agora em altura pré-eleitoral, mas depois.” Esta afirmação grave carece de clarificação, também por parte do Ministério da Saúde a quem o SEP já pediu reunião urgente.
Nota enviada aos media a 9 de agosto 2019