Em 4 anos, apenas 137 enfermeiros contra 669 Dirigentes. O SNS está sob um ataque cerrado protagonizado por este governo. Os sucessivos cortes no financiamento das instituições têm tido várias consequências assim como a politica de não admissão de profissionais e/ou despedimento de outros.
As dificuldades sentidas pelos cidadãos de menor acessibilidade aos cuidados de saúde são cada vez maiores. A célebre frase do Ministro da Saúde que era possível cortar e manter a qualidade é mais uma INVERDADE.
De acordo com os balanços sociais 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012 podemos constatar que no período 2008 – 2012, entre entradas e saídas de profissionais (reformas e exonerações) o saldo é:
Enfermeiros = 137;
Médicos = 1253;
Técnicos Superiores de Saúde = menos 127;
Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica = 82;
Dirigentes = 669
Assistentes Técnicos = menos 1654
Assistentes Operacionais = menos 661
O absurdo destes números é evidente. Em 4 anos há um saldo positivo de apenas 137 enfermeiros no SNS, confirmando a extrema carência com que as instituições estão confrontadas e os gravosos ritmos de trabalho com que os enfermeiros estão confrontados.
Constata-se também a brutal diminuição do numero de efectivos das profissões de suporte à prestação de cuidados,num total de 2315.
Por outro lado, é inadmissível o aumento de 105 (2008) para 778 (2012) dos dirigentes. Importa referir que uma das medidas inscritas no memorando da Troika, em 2011, era a diminuição dos cargos dirigentes, razão pela qual ocorreram a fusão de vários hospitais e agrupamentos de centros de saúde.
Fica ainda mais claro a politica do Ministério da Saúde/Governo: descredibilizar o SNS através da admissão de profissionais e arranjar os necessários “tachos” para os “boys”.