18 Junho, 2024
Serviço de Urgência do Hospital Vila Franca de Xira em rutura
Enfermeiros do Serviço de Urgência exigem melhores condições de trabalho.

Os enfermeiros estão no limite da sua capacidade física e mental fruto do elevado ritmo de trabalho, das horas extraordinárias programadas, das sucessivas alterações de horário, do agravamento da degradação das condições físicas de trabalho.

A análise da situação atual do serviço de urgência não pode ser desligada do que foram as sucessivas decisões tanto da antiga gestão PPP, como do atual Conselho de Administração.

A Pandemia constatou-se como um grande desafio para a equipa de enfermagem, colocando esta sobre novas exigências e levando-a ao limite. Exemplo disso é a criação de duas novas Salas de Observação que provocaram um aumento significativo do número de enfermeiros por turno e que não se refletiu no número de enfermeiros total do serviço.

Após o levantamento do estado de emergência, em abril de 2021, diversos enfermeiros saíram do serviço e não foram repostos atempadamente ficando o mapa de pessoal do Serviço de Urgência, que já se encontrava em défice, muito abaixo do recomendado.

A passagem de testemunho entre administrações, a junho de 2021, não foi planeada atempadamente nem foi ao encontro das necessidades dos enfermeiros do hospital e, neste caso particular, dos enfermeiros do SU, que viram como número de referência os que estavam à data, dificultando a contratação de colegas para aumentar o mapa de pessoal.

Após a passagem a EPE, deveriam ter sido tomadas, pela nova administração, medidas que visassem responder a esta necessidade, desde logo a subscrição dos IRCT, que só foi conseguida a muito custo pela luta incessante dos enfermeiros e restantes trabalhadores do HVFX.

A criação de condições de trabalho que favoreçam a fixação e contratação de enfermeiros, tais como a contagem de todos os anos de serviço para efeitos de progressão, a harmonização de dias de férias entre CTFP e CIT, a regulação dos horários de trabalho e o respeito pelos tempos de descanso deveria ser uma das prioridades desta administração e do governo, motivo pela qual os enfermeiros já realizaram este ano 2 dias de greve, sendo o último, no passado dia 28 de maio, com 80,1% de adesão e com a entrega de 240 postais a subescrever estas exigências.

Os enfermeiros do SU não desistem de lutar por melhores condições de trabalho que lhes permitam prestar os melhores cuidados de saúde aos utentes.

Nota de imprensa enviada aos media a 17 de junho 2024