Conferência de imprensa a 5 de fevereiro às 11h30 em frente à sede da administração da ULS da Guarda.
Mesmo com cerca de 50 enfermeiros precários (contrato a termo), são milhares as horas extraordinárias realizadas que impedem o gozo do descanso compensatório.
Há enfermeiros com mais 30 a 50 descansos compensatórios por gozar e uma dívida acumulada de mais de 50 000 horas.
Exigimos que estes enfermeiros passem a Contrato de Trabalho por Tempo Indeterminado inclusive os que detêm um contrato de substituição há mais de três anos.
Exigimos o pagamento de todo o trabalho extraordinário em dívida e a admissão de mais enfermeiros para superar a elevada sobrecarga de trabalho e para abertura de novos serviços, nomeadamente, a unidade de cuidados intermédios de Medicina.
Exigimos a contratação de mais para responder às necessidades dos utentes, tendo em conta o grau de dependência, índice de envelhecimento e a dispersão no território.
O investimento no SNS passa forçosamente pela valorização dos enfermeiros
A precariedade, a insegurança no emprego e a incerteza na vida dos jovens enfermeiros impede a constituição de família, implementação de novos projetos no âmbito da vida profissional e também constitui um problema para a demografia do país.
O combate à precariedade passa pela efetivação do direito constitucional ao trabalho, à estabilidade e segurança no emprego, à negociação e contratação coletiva, a uma justa retribuição e a um horário de trabalho que assegure a articulação com a vida pessoal e familiar, valorizando o trabalho e os trabalhadores.
Para responder às necessidades permanentes dos serviços da ULS Guarda e para evitar o recurso sistemático ao trabalho extraordinário não remunerado e ao não gozo efetivo dos descansos compensatórios, é incompreensível a manutenção de dezenas de enfermeiros com um contrato a termo que, prosseguindo funções próprias dos serviços de natureza permanente, são imprescindíveis ao normal e regular funcionamento dos serviços.