9 Julho, 2024
Conhece a Resolução entregue hoje, em dia de greve, à Associação Portuguesa de Hospitalização Privada.

Colega, partilhamos a resolução deste dia:

O processo negocial relativo à alteração do atual Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) iniciou-se há mais de 6 meses entre a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) com a apresentação das respetivas propostas.

Apesar dos insistentes pedidos de reunião apresentados pelo SEP, a APHP nunca agendou reunião e inviabilizou, inadmissivelmente, a continuidade do processo negocial.

A proposta da APHP não consagra justa valorização remuneratória e prevê, designadamente, o prolongamento das jornadas de trabalho até às 60 horas semanais, através de bancos de horas e adaptabilidade, ambos obrigatórios e um regime de chamada/prevenção obrigatório e sem adequada compensação. Entre outras, estas são propostas inaceitáveis.

A proposta do SEP, amplamente debatida e aprovada com os enfermeiros, não só rejeita os aumentos obrigatórios das cargas horárias propostas pela APHP, como reivindica a fixação em CCT, nomeadamente:

  • A redução do Período Normal de Trabalho semanal, para as 35 horas, a exemplo da generalidade das instituições privadas (e públicas) da saúde.
  • Uma compensação remuneratória pelo trabalho em horários por turnos e desfasados;
  • Um justo aumento dos valores das horas penosas, incluindo a sua atribuição no turno da manhã de sábado;
  • Um regime de chamada/prevenção, com acordo prévio dos enfermeiros, que compense monetariamente a sua disponibilidade para o efeito;
  • Aumento salarial para todos os enfermeiros e não só para as tabelas mínimas, como propõe a APHP;
  • Aumento do subsídio de refeição para um valor justo e atualizado e não para o valor proposto pela APHP, inferior ao que já é pago pelos grupos.

Os enfermeiros e o SEP não desistem e continuarão a lutar por um CCT que consagre as suas justas reivindicações.

Caso a APHP e os grupos seus associados não promovam a continuidade do processo negocial, os enfermeiros e o SEP prosseguirão com as ações e lutas necessárias, para salvaguarda das suas justas e legítimas reivindicações.

Resolução entregue em Lisboa, na sede da APHP, em 9 de julho de 2024