10 Julho, 2024
Óscar Gaspar diz “inverdades”
SEP não abandonou o processo negocial. É a APHP que não quer negociar as propostas dos enfermeiros




Declarações de Óscar Gaspar, Presidente da APHP, aos órgãos de comunicação social, em dias de greve dos enfermeiros: “Estranhamos os motivos para a paralisação convocada”, diz Óscar Gaspar, lamentando que um sindicato se tenha excluído da negociação. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), estrutura em causa, é o que junta maior número de profissionais do setor.

Sobre estas declarações importa clarificar:

  1. O SEP tem um Contrato Coletivo com a APHP desde há vários anos.
  2. No âmbito da negociação coletiva, como é habitual, foi apresentada proposta pela APHP.  
  3. A essa proposta o SEP reagiu e apresentou contraproposta.  
  4. A nossa contraproposta resultou das reivindicações dos enfermeiros que exercem nos diferentes hospitais privados.
  5. Para além da proposta de aumentos salários, os enfermeiros recusaram terminantemente, alguns aspetos que constavam na proposta da APHP, nomeadamente o banco de horas que prevê o aumento significativo do número de horas por semana e,
  6. Recusaram, ainda, o regime de adaptabilidade que prevê o aumento do horário de trabalho diário, sem que isso configure trabalho suplementar.
  7. Finalmente, os enfermeiros reivindicam, também, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais tendo sido inclusivamente assumido que este objetivo poderia ser atingido de forma faseada e ao longo dos anos.

Ao contrário do que afirmou Óscar Gaspar, conhecendo as reivindicações dos enfermeiros materializadas na nossa proposta, apesar dos reiterados pedidos de agendamento de reunião, nunca a agendou.

Pelo contrário, começaram a surgir informações, incluindo do próprio Óscar Gaspar, que não estaria disponível para negociar com o SEP porque já tinha interlocutores para aceitarem todas as suas propostas (as APHP).

Repondo a verdade, o SEP não abandonou nenhum processo negocial, como aliás nunca o fez, no setor privado, público ou social.  

A conclusão é clara: a APHP nunca pretendeu negociar as propostas dos enfermeiros materializada na proposta por nós apresentada, ou seja, a APHP excluí quem “não aceita” a imposição de matérias prejudiciais aos enfermeiros.

Nota à comunicação Social enviada a 10 de julho