Querem esvaziar as Unidades de Cuidados na Comunidade.
A reforma dos Cuidados de Saúde Primários determinou, entre outros aspetos, uma reorganização da direção, do funcionamento e da organização dos centros de saúde. Os profissionais foram divididos em pequenas equipas e alocados às designadas Unidades Funcionais:
i) Unidade de Saúde Pública;
ii) Unidades de Saúde Familiar (USF) e de Cuidados Personalizados (UCSP);
iii)Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC) que prestam cuidados de saúde e apoio social de âmbito domiciliário e comunitário, especialmente às pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis, em situação de maior risco ou dependência física e funcional ou doença que requeira acompanhamento próximo, e atua ainda na educação para a saúde e na integração em redes de apoio à família. São estas UCC que asseguram os Cuidados Continuados em contexto domiciliário;
iv) Unidades de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) que presta serviços de consultoria e assistenciais às unidades funcionais anteriores.
Agora, o Ministério da Saúde pretende esvaziar as UCC de parte da sua missão e de recursos, atribuindo-os a outra Unidade (URAP).
Esta mudança terá por objetivo restringir a missão das UCC aos Cuidados Continuados e concessioná-las a Misericórdias, IPSS, Autarquias? Há alguma lógica corporativa?
É intolerável e inadmissível.