27 Maio, 2021
CGTP: Conferência Nacional da Comissão para a Igualdade
A Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens - CIMH/ CGTP-IN vai debater, a 2 de junho, pelas 10h00 no auditório António Domingues Azevedo, Campo Pequeno, a questão da igualdade no mundo do trabalho, na sua 8.ª Conferência Nacional.

 

A Conferência contará com a presença de cerca de 200 Delegadas de todo o país e de diversos sectores profissionais, para além de organizações convidadas, entre elas, já confirmadas: CITE (Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego), CIG (Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género), ACT (Autoridade para as Condições de Trabalho) e OIT (Organização Internacional do Trabalho – Escritório de Lisboa).

Em debate estarão temas como: a qualidade do emprego, o teletrabalho e a digitalização, a igualdade salarial, a conciliação, os direitos de maternidade e paternidade, a violência e o assédio laboral e serão ainda divulgados os dados mais recentes (relativos a 2020) sobre as doenças profissionais que mais afetam as mulheres trabalhadoras no nosso país.

Síntese da situação atual das mulheres trabalhadoras em Portugal

  • Em 2020 havia 2.330 mil mulheres empregadas no nosso país, 2.071 mil das quais a trabalhar por conta de outrem (89% do total).
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  • A precariedade em 2020 atingia mais de 712 mil trabalhadores, 373,5 mil dos quais mulheres (52% do total).
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  • As trabalhadoras ganham salários ainda mais baixos do que os trabalhadores do sexo masculino: 14% em média; nos ganhos mensais o diferencial global sobe para 17,8%.
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  • Em 2020 cerca de 26% das mulheres trabalhadoras receberam o salário mínimo nacional, tendo havido um aumento em relação a 2019.
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  • Portugal é o quarto país da União Europeia onde se trabalha habitualmente mais horas por semana a tempo completo.
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  • O número de trabalhadores em teletrabalho variou entre um milhão logo no início da pandemia (abrangendo 22,6% do emprego) e 563,5 mil no final de 2020 (11,6% do emprego), tendo subido para cerca de 968 mil no 1º trimestre de 2021 (20,7% do emprego) devido ao segundo confinamento.
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  • Em 2020, fruto da situação que estamos a viver desde o aparecimento da Covid-19, houve uma nova queda da natalidade: o número de nascimentos diminuiu 2,5% face a 2019.
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  • Verifica-se o adiamento da maternidade o que, se for muito prolongado, pode inviabilizar a intenção de ter mais filhos.
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  • 16,5% da população ativa portuguesa ao longo da sua vida profissional, já viveu alguma vez uma situação de assédio, segundo o estudo mais recente (2016).
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  • Os problemas ósseos, articulares ou musculares foram identificados como os mais graves por 59% das mulheres trabalhadoras com problemas de saúde relacionado com o trabalho, seguindo-se o stress, a depressão ou ansiedade (23%).
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  • Estavam desempregadas ou subocupadas 414 mil mulheres trabalhadoras em 2020, mais 3,8% do que no ano anterior.
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  • Os cuidadores informais são maioritariamente mulheres (64%) com idades compreendidas entre os 25 e os 54 anos (69,5%), e que prestam cuidados a tempo inteiro.
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  • O Índice de Preços de habitação aumentou 8,4% em 2020.
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  • As mulheres têm um risco de pobreza superior aos homens (16,7% face a 15,6%), em virtude dos seus salários serem muito baixos, assim como todas as prestações que deles dependem.