Hoje, 10 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A cada 40 segundos há, a nível global, uma pessoa que se suicida e cerca de 20 ou mais tentativas.
Enquanto redigimos, enviamos e alguém lê este papel, duas, três, quatro pessoas decidiram acabar com a sua vida, em reação a uma vida cujas possibilidades são encaradas como esgotadas e a desesperança impera.
O suicídio é considerado um grave problema de saúde pública e mental, uma vez que é transversal aos vários contextos mundiais.
A doença mental, incluindo a depressão, é também encarada como um problema de saúde pública, e os números são conhecidos. Em Portugal, atinge cerca de 55% da população.
O aumento da incidência da ideação suicida determina uma aposta clara na promoção da saúde mental e na prevenção do suicídio. Neste contexto, a “saúde em todas as políticas” deveria obrigar, por exemplo, à permanência de profissionais de saúde nas escolas, com competências neste domínio que permitam identificar, precocemente, sinais de ideação suicida.
É determinante aumentar o número de Enfermeiros-Especialistas em Saúde Mental e Psiquiátrica, Psicólogos, Pedopsiquiatras e Psiquiatras nas instituições de saúde, nomeadamente nos centros de saúde, que garantam o acompanhamento de proximidade a estes doentes para quem a adesão terapêutica é crucial.
Nas medidas de emergência anunciadas pelo Governo constata-se o objetivo de contratar mais psicólogos para o SNS, mas não é suficiente.
Este é um trabalho no qual todos os profissionais de saúde têm de estar envolvidos, mas não só – também professores, assistentes sociais e outros parceiros que possam ser relevantes em cada uma das comunidades.