6 Agosto, 2018
Centro Hospitalar Lisboa Central: greve a 8 de agosto nos turnos da manhã e tarde
Os enfermeiros dos hospitais S. José, Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral, Estefânia e Maternidade Alfredo da Costa estarão em Greve porque reivindicam a justa e correta contagem dos pontos para efeito de descongelamento das progressões, independentemente do seu vínculo.

 

Progressão afinal é ilusão? exigimos que não seja!

Mostramos-te o impacto que terá para a vida de cada enfermeiro não progredir.

O congelamento das progressões aconteceu em agosto de 2005.

Mais tarde, em 2008, impuseram aos enfermeiros que os anos de serviço se transformassem em pontos. Uma medida a contar desde 2004.

Nas palavras da enfermeira Dulce Silva, com Contrato Individual de Trabalho, encontramos as de todos “tenho mantido a esperança de que descongelem a minha progressão na carreira e que valorizem os meus anos de trabalho, as competências que fui adquirindo ao longo dos muitos anos de trabalho e a responsabilidade que fui assumindo. Sim, porque hoje sou uma profissional mais competente do que quando comecei a trabalhar.”

Finalmente, fala-se em descongelamento e, para cada enfermeiro, é um dado adquirido que a regra imposta pelo governo em 2008 (anos = pontos) seja de fácil aplicação.

A administração do Centro Hospitalar Lisboa Central tem o poder e a autonomia para decidir a progressão de cada e de todos os enfermeiros, independentemente do vínculo.

Sim, é verdade.

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O exemplo da Enfermeira Ana Ranha

O exemplo que trazemos da enfermeira Ana Ranha é, no fundo, o exemplo de muitos de nós. E demonstra a importância de exigirmos ao Centro Hospitalar Lisboa Central o que já é nosso.

Entrei para o Centro Hospitalar Lisboa Central em 2000.
Na altura a CIT, mas em 2002, através de concurso público, passei para CTFP. Apesar do congelamento das progressões da carreira, em 2006 passei a Enfermeira Graduada. E em 2011 fui reposicionada no índice remuneratório 15, que passou a ser o ordenado base da profissão nas EPE. E por esse motivo o Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa Central considera agora, contrariando o Orçamento de Estado de 2018, que eu tive uma progressão na carreira quando, na prática, o meu ordenado foi apenas ajustado ao base consagrado.
Além desta interpretação, também nos anos de 2011 a 2014 estão a ser-me atribuídos um ponto por cada ano quando a não aplicação do regime da avaliação pelo SIADAP adaptado não foi responsabilidade de quem exercia a profissão
”.

 

Colega, se te identificas – de uma forma ou outra – com este exemplo, junta-te à nossa greve institucional a 8 de agosto!

Este é o momento para mostrares à administração do Centro Hospitalar Lisboa Central que os teus anos de serviço (os teus pontos) têm que que ser contados e que todos os direitos – para além da progressão – são garantidos.

A progressão e estes direitos não podem ser uma ilusão!