
O processo de fusão das diversas unidades hospitalares criou uma mega estrutura – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e a consequente asfixia de serviços/valências das diferentes unidades hospitalares.
Tem sido o que de pior aconteceu a nível da saúde para os profissionais e para os utentes, agravando ainda mais os seus problemas.
Desta vez, pela calada do último domingo, a administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), de forma brutalmente administrativa e burocrática extingue o serviço de ginecologia (internamento, bloco operatório, cirurgia do ambulatório e urgência) da Maternidade Bissaya Barreto (MBB) e obriga os profissionais a migrarem para outros pólos do CHUC.
A confusão na fusão é de tal monta, que a gestão e o planeamento da integração dos enfermeiros vindos da MBB para o pólo HUC não tem sido a melhor.
Em vez de requalificar as duas maternidades de Coimbra, a administração do CHUC opta por diminuir o número de camas a cobro sabe-se lá de quê e anuncia a construção de uma nova maternidade no campus hospitalar dos HUC, concentrando ainda mais, negativamente, serviços e pessoas.
A totalidade do número de partos anuais das duas maternidades de Coimbra, é de cerca de 5 mil partos. Deste modo, questionamos: Será que a tão propalada nova maternidade, terá capacidade realizadora para os 5 mil partos ou serão contratualizados com o setor privado uma percentagem significativa desse número?
Assim se descaracteriza um serviço, desinvestindo no Serviço Nacional de Saúde.
Nota enviada à Comunicação Social em 07 de junho de 2018